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CPC autoriza Uniuv a recuperar o Cine Teatro Luz


14 de novembro de 2018

Foto: Marciel Borges/ Rádio Colmeia

Na tarde desta quarta-feira, 14 de novembro, o reitor do Centro Universitário da Cidade de União da Vitória (Uniuv), Alysson Frantz, juntamente com o vice-reitor Lúcio Passos, e o prefeito em exercício de União da Vitória, Bachir Abbas, realizaram na sala de reuniões da instituição, uma coletiva de imprensa para falar sobre a autorização feita pela Coordenação do Patrimônio Cultural do Estado do Paraná (CPC), sobre o Cine Teatro Luz.

Foto: Marciel Borges/ Rádio Colmeia

De imediato o reitor falou do oficio nº 249/2018, para que a Uniuv tivesse informações técnicas e nº 169/2018 acerca do Projeto de Restauro do Cine Teatro Luz. Tal documentação foi enviada em 31 de outubro de 2018.

A Uniuv fez a entrega em Curitiba de 15 cadernos com informações técnicas sobre a real situação do Cine Teatro Luz, que tinham o objetivo de fazer a recuperação.

Na capital, todo o trabalho de verificação das mais de mil páginas em três volumes, ficou a cargo da senhora Arquiteta Urbanista do Setor de Patrimônio Edificado, Rachel  Krul Tessari , que ao fim aprovou o projeto e fez a assinatura em todas as folhas dos três volumes.

 

Próximo passo:

 

Agora que a Uniuv tem a documentação autorizada pela Coordenação de Patrimônio Cultura do Paraná para fazer a recuperação do Cine Teatro Luz, o próximo passo será uma audiência pública na próxima semana no espaço da Câmara de Vereadores de União da Vitória, e em seguida, será feita a apresentação do processo licitatório para a recuperação do telhado e forro do Cine Teatro Luz, que deve ficar orçado em R$ 731 mil reais.

O reitor Alysson destacou que a prioridade neste momento, será a recuperação do telhado como do forro, para que no ano de 2019, o espaço principal seja reaberto para a comunidade.

 

Cadeiras e palco:

Foto: Marciel Borges/ Rádio Colmeia

Uma das perguntas feita na coletiva de imprensa foi sobre as cadeiras vermelhas e sobre a estrutura do palco do Cine Teatro Luz. Sobre as cadeiras vermelhas, o reitor afirmou que todas serão trocadas, pois muitas estão estragadas e não seria vantajoso recuperar, assim sendo, as cadeiras em bom estado serão repassadas para a Prefeitura de União da Vitória, para que utilizem nos espaços públicos. Sobre o palco, Alysson afirmou que ele será todo recuperado, e que embaixo do palco, onde existe uma cisterna, será utilizado no trabalho de prevenção contra incêndio, sendo que depois de recuperado o palco, será obrigatório a manutenção.

 

O letreiro:

 

O reitor do Centro Universitário da Cidade de União da Vitória falou que ao receber a documentação no final da tarde desta terça-feira, foi cobrada pela equipe da Coordenação do Patrimônio Cultural, que uma das obrigações é a recolocação do letreiro escrito ‘Cine Luz’. Alysson foi claro ao falar que tal letreiro será recolocado em seu devido lugar de destaque o mais breve possível.

Hoje, o letreiro está guardado dentro do Cine Teatro Luz, onde fica o escritório e o local de acesso para os projetores de filmes.

 

Filmes:

Outro tema perguntado na coletiva foi sobre a projeção de filmes. Alysson falou que a Uniuv já está trabalhando e conversando com empresas que atuam no mercado de produção no Brasil, em especial em filmes de domínio público, para serem feitas em breve um dia de sessão. Foi confirmado que o primeiro equipamento de projeção será recuperado, mas que os filmes serão exibidos em maquinas modernas.

Sobre o telão de exibição, o mesmo será recuperado e ficará à disposição na sala de cinema para a comunidade.

 

Recursos:

 

Para fazer a recuperação do telhado e do forro, a Uniuv deve ter um gasto aproximado de R$ 730 mil reais. Segundo o reitor, a conta da Uniuv tem o recurso para fazer a recuperação do Cine Teatro Luz, pois a conta do educandário tem hoje o valor de R$ 33 milhões de reais.

 

Leis:

 

Para a Uniuv poder ter acesso a autorização de recuperação do Cine Teatro Luz, a entidade teve que seguir as determinações:

 

Lei Federal nº 7.347 de 24 de julho de 1985, que disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turismo e paisagístico.

 

Lei Estadual: nº 1.211 de 16 de setembro de 1953, que dispõe sobre o patrimônio histórico, artístico e natural do estado do Paraná, estabelecendo em seu Artigo 14 que as coisas tombadas não poderão em caso nenhum ser destruídas, demolidas ou mutiladas, nem sem prévia autorização do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Paraná, ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob pena de multa de cinquenta por cento do dano causado.

 

Cada caderno do projeto:

Foto: Marciel Borges/ Rádio Colmeia

Como afirmado, o Centro Universitário da Cidade de União da Vitória (Uniuv), teve que fazer a apresentação da documentação, e nisso, foi apresentado 15 cadernos com informações que foram inseridas no Protocolo nº 14.486.827, após 31 de outubro de 2018.

 

Caderno 01: laudo Pericial

Caderno 02: Pesquisa Histórica

Caderno 03: Levantamento Físico

Caderno 04: Análise Tipológico

Caderno 05: Prospecção Arquitetônica

Caderno 06: Levantamento de danos no piso

Caderno 07: Levantamento de danos em paredes / Estruturais

Caderno 08: Levantamento de danos em portas

Caderno 09: Levantamento de danos em janelas

Caderno 10: Levantamento de danos em forro e telhado

Caderno 11: Memorial Descritivo

Caderno 12: Caderno de Projetos

Caderno 13: Proposta de Intervenção

Caderno 14: Planilhas Orçamentárias

Caderno 15: Registro de Responsabilidade Técnica – RRT

 

Bem Tombado:

 

O edifício Cine Teatro Luz é Bem Tombado pelo Estado do Paraná, inscrição no Livro do Tombo Histórico nº 141-II, processo nº 003/2001, com data de 17 de dezembro de 2003 e localiza-se na rua Carlos Cavalcanti nº 124 – União da Vitória, Paraná/PR, tendo como proprietário a Fundação Municipal centro Universitário da Cidade de União da Vitória (Uniuv).

 

História:

Foto: Marciel Borges/ Rádio Colmeia

A edificação do Cine Teatro Luz, inaugurada em 6 de outubro de 1951 com 1600 lugares, possuiu frontispício com composição simétrica, com o eixo central valorizado pelo alteamento da platibanda, recuo de trecho do plano da fachada e um coroamento com desenhos geométricos escalonados. Três grupos de janelas estreitas e alongadas estão dispostos ao longo da frontaria e acentuam as linhas verticais. O acesso principal é protegido por marquises de concreto armado levemente em curva, com delicado acabamento em vidro no alto. A composição do frontispício revela a influência do Art Dèco no desenho acentuadamente geométrico dos ressaltos que os vãos e arrematam a platibanda.

 

O reitor da Uniuv Alysson Frantz, falou durante o Jornal Colmeia desta quarta-feira, 14 de novembro, deste momento de autorização e os próximos passos a serem feitos.

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