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Agrotóxico envenena abelhas de 40 caixas em Turvo, na região Central do Paraná

Uma investigação realizada no município de Turvo pela Adapar, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, na Gerência de Sanidade Vegetal de Guarapuava, revelou a morte de abelhas, por envenenamento, em cerca de 40 caixas pertencentes a apicultores da região. A ocorrência foi registrada em setembro deste ano.

Ao inspecionar os apiários, produtores da Colônia Velha do Ivaí, no interior do município, encontraram as abelhas dizimadas. Estavam mortas dentro e fora das caixas, e com a língua para fora. Algumas, ainda vivas, encontravam-se desorientadas e sem reação. Nessa comunidade predominam as pequenas propriedades, com mão de obra familiar, onde se cultivam olerícolas e fruticultura.

Foto: Pixabay/Ilustrativa

Neste caso, a apicultura também contribuía para o sustento das famílias afetadas. Em 10 de setembro, após receberem denúncia sobre a mortalidade das abelhas, fiscais da Adapar foram ao local para realizar coletas e iniciar a investigação. O laudo técnico do Tecpar, o Instituto de Tecnologia do Paraná apontou o agrotóxico fipronil nas amostras coletadas de abelhas mortas, abelhas vivas, favos e em plantas de nabo forrageiro, utilizado como cobertura de inverno em uma área próxima aos apiários.

De acordo com a investigação, um agricultor utilizou o inseticida em jato dirigido no sulco de plantio, com o objetivo de controlar a semeadura do milho. Porém, havia plantas do nabo forrageiro ainda com flores. As abelhas que ainda visitavam as flores do nabo foram intoxicadas e contaminaram o enxame.

A Lei Federal, estabelece que as responsabilidades administrativa, civil e penal pelos danos causados à saúde das pessoas e ao meio ambiente, quando a utilização de agrotóxicos não cumprir o disposto na legislação pertinente, caberá ao usuário, quando proceder em desacordo com o receituário ou as recomendações do fabricante, por isso, o produtor que causou o dano foi autuado.

A Adapar alerta os agricultores para que leiam atentamente a bula, rótulo e o receituário agronômico do agrotóxico que adquirirem. No caso registrado em Turvo, tanto a bula quanto o receituário agronômico informavam que o produto é tóxico para abelhas, para não ser aplicado em época de floração, nem imediatamente antes do florescimento ou quando for observada visitação de abelhas na cultura.