Ícone do site Rádio Colmeia FM

Anna Bates: a mulher de 2,41 metros que teve o maior bebê do mundo

No século 19, a canadense deu à luz Babe, conhecido como o maior e mais pesado recém-nascido já registrado; recordes da criança não foram batidos até hoje

Anna, que tinha 241,3 centímetros de altura, deu à luz um menino que viveu apenas 11 horas. Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Em 19 de janeiro de 1879,Anna Bates, do Canadá, deu à luz um bebê que viveu apenas 11 horas. Apesar do curto tempo de vida, essa criança, conhecida como “Babe”, alcançou dois recordes que persistem até os dias de hoje: ela foi reconhecida pelo Guinness World Records como o bebê mais longo e o mais pesado de todos os recém-nascidos já documentados.

Babe media 71,12 cm de comprimento e pesava 9,98 kg quando nasceu em Seville, Ohio, Estados Unidos. Comparada com o tamanho médio de um bebê recém-nascido do sexo masculino, que normalmente mede entre 48,2 e 50,8 cm e pesa cerca de 3,3 kg, a criança superava todas as expectativas.

Mas os próprios pais de Babe tinham uma estatura maior que a média das pessoas: Anna media 241,3 cm, e o marido dela, Martin van Buren Bates, tinha 236,22 cm. Com isso, a dupla também entrou para o livro dos recordes como o Casal Mais Alto do Mundo. Eles detêm esse título até hoje, com uma altura combinada de 477,52 cm.

Anna Haining Bates e seu marido, Martin Van Buren Bates — Foto: Domínio público

Segundo o Guinness, Martin descreveu Babe como “perfeito em todos os aspectos” e afirmou que, ao nascer, ele se assemelhava a um bebê de seis meses.

Mulher gigante

Nascida em 6 de agosto de 1846, Anna Bates era filha de imigrantes escoceses na Nova Escócia, no Canadá.

Aos quatro anos, a canadense já tinha 137,16 cm de altura e, aos seis, era mais alta que a mãe, com 165,1 cm. Ela ainda detém o recorde da adolescente mais alta de todos os tempos (na categoria feminina), já que alcançou os 241,3 cm aos 17 anos.

A altura de Anna superou a da mulher mais alta da atualidade, Rumeysa Gelgi, que tem 215,16 cm. No entanto, a canadense do século 19 ficou abaixo do recorde de altura de todos os tempos, pertencente a Zeng Jinlian (1964-1982), uma chinesa que media 246,3 cm.

Devido à altura impressionante, Anna acabou trabalhando em um circo com o showman americano Phineas Taylor Barnum (que foi retratado por Hugh Jackman no filme musical O Rei do Show)De acordo com o Dictionary of Canadian Biography, Barnum a descrevia como uma “moça inteligente” que atraía “milhares de pessoas” – afinal, a canadense era a única mulher com gigantismo conhecida no mundo naquela época.

Devido à sua estatura extraordinária, Anna trabalhou no circo do showman Phineas Taylor Barnum — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

Anna quase morreu queimada quando o museu de Barnum foi destruído por um incêndio em 13 de julho de 1865. As escadas estavam em chamas e ela era muito grande para escapar por uma janela; mas, graças a alguns funcionários do museu, ela consegui se salvar. A equipe precisou quebrar uma parede para que a mulher conseguisse escapar.

Foi fazendo uma turnê na Europa que Anna conheceu Martin van Buren Bates. Eles se casaram em 17 de junho de 1871, na frente de uma grande multidão de curiosos em Londres.

Depois disso, a dupla fez uma turnê europeia de 14 meses, apresentando-se como o casal mais alto do mundo.

Momentos difíceis

Infelizmente, o casamento feliz de Anna e Martin atravessou perdas trágicas. Além da morte de Babe em 1879, eles tiveram uma filha de 68,58 centímetros de comprimento e cerca de 8 kg que não sobreviveu ao parto em 1872.

Anna morreu de tuberculose em 1888, deixando um patrimônio avaliado em US$ 40 mil. Algumas de suas roupas e joias foram distribuídas entre sua família, e os descendentes permitiram que alguns artigos fossem exibidos no Sunrise Trail Museum em Tatamagouche, no Canadá.

**Via Galileu

Anna Bates segurando criança não identificada — Foto: Wikimedia Commons
Sair da versão mobile