
A Câmara Municipal de Porto União aprovou o projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a adquirir o prédio onde funcionava a agência do Banco Itaú, no centro da cidade. A instituição financeira transferiu seus atendimentos para a unidade de União da Vitória, deixando o imóvel desocupado. O valor da compra deve ultrapassar R$ 2 milhões.
Localizado na Rua Prudente de Moraes, o prédio está em uma área estratégica, próximo ao comércio e aos principais serviços públicos. A proposta da Prefeitura é que o espaço seja destinado à nova sede da Câmara de Vereadores, que hoje ocupa de forma irregular uma parte da antiga estação ferroviária “União”, um dos principais patrimônios históricos das cidades de Porto União (SC) e União da Vitória (PR).
Segundo o texto aprovado, caso o Legislativo realmente transfira suas atividades para o novo imóvel, serão necessárias reformas internas para adequação dos espaços. Atualmente, o prédio utilizado pela Câmara carece de acessibilidade adequada para cadeirantes, idosos e pessoas com limitações físicas.
O debate sobre a sede própria do Legislativo não é novo. Em gestões anteriores, houve tentativas de construir um prédio definitivo. O ex-vereador e ex-presidente da Casa, Luiz Alberto Pasqualin, chegou a adquirir uma área no bairro Santa Rosa para esse fim, mas o terreno acabou sendo utilizado pela Prefeitura. Anos depois, outra área reservada pelo então prefeito Eliseu Mibach, na Avenida Getúlio Vargas, foi ocupada por uma empresa estatal e também deixou de atender ao objetivo inicial.
A aprovação do projeto representa um passo importante para solucionar a situação irregular do Legislativo em relação ao uso da estação ferroviária. A edificação histórica — patrimônio compartilhado entre Porto União e União da Vitória — ainda carece de definição formal sobre qual órgão federal deve autorizar intervenções e regularizações, se o DNIT ou o IPHAN.
Com a autorização legislativa, a Prefeitura deve agora concluir o processo de aquisição e iniciar os estudos técnicos para adequações no novo espaço. A expectativa é que a mudança garanta melhores condições de trabalho, atendimento ao público e respeito ao patrimônio histórico local.
