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Cerca de 25% das startups quebram no primeiro ano de vida pela falta de branding

Foto: Ilustrativa/Freepik

A falta de uma boa estratégia de marca é uma das causas da falência de cerca de 25% das startups. O número foi apontado pela empresa Allidem, focada justamente no destravamento do potencial do branding dos negócios – especialmente na área de Tecnologia da Informação (TI) –, durante palestra promovida em parceria com a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação no Paraná (Assespro-PR).

Os irmãos e sócios da Allidem, Stéfano e Nathalia Frontini, foram taxativos: o branding, que é um verbo (em inglês), sinaliza uma ação e, na prática, significa encantar e fortalecer a percepção dos negócios. Só depois entra na estratégia o papel do marketing, que é a arte de vender; e, finalmente, a publicidade, que se confirma como a arte do convencimento. “É importante estabelecer um bom posicionamento e investir em gestão de marca a fim de preparar o terreno para escalar. E isso consiste em comunicar por que seu negócio importa para as pessoas certas, destacar o que você tem de único e crescer com consistência e alinhamento”, pontuou Nathalia.

Com experiências ambientadas na importância de ter a cultura, valores e atitudes como fundamento adquiridas na Disney, Nathalia mostrou que a marca é uma construção que leva tempo, mas que, se for deixada de lado, coloca em risco todo o trabalho iniciado. Ela destacou também que é preciso iniciar com o branding desde a abertura da empresa. “Branding é para todo estágio e deve ser amadurecido em todos os momentos”, completou Stéfano. Se a idade das empresas contar, vale avaliar: os três primeiros unicórnios no Brasil não têm nem mesmo dez anos.

Muitas startups, como mostraram os sócios da Allidem, estreiam no mercado apenas focadas na performance ou na geração de vendas, esquecendo da busca e construção de sua imagem. “Branding não é algo apenas para empresas já consolidadas. Branding é um processo, não um projeto”, lembrou Nathalia. O investimento em marca, defendem, é necessário para a captação de recursos, investidores, fortalecimento de negócios e crescimento.

A marca não é o logo ou o nome da empresa; é algo que vai muito além. Branding envolve a construção da personalidade e o propósito da empresa, valores, identidade, posicionamento. Tudo isso deve ficar bem claro. Conforme orientaram os palestrantes, o branding deve ser feito profissionalmente, por agências ou pessoas gabaritadas. Não vale, portanto, criar algo no improviso. “Branding para startups exige dedicação, cuidado, avaliação e, claro, tempo para surtir o efeito desejado”, destaca Stéfano.

Com a lição de casa feita, o resultado só poderá ser positivo, como destacou o representante da Assespro-PR, Paulo Roberto Coimbra de Manuel. “Cada empresa, se souber trabalhar um pouco das técnicas, certamente terá novas oportunidades de negócios, novas ações de marketings e até mais confiança”, destacou.

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