
O 28º boletim do Programa Monitora Milho detectou uma diminuição na média de incidência da cigarrinha-do-milho em Santa Catarina. Para a pesquisadora da Epagri, Maria Cristina Canale Rappussi da Silva, responsável pelo levantamento, esta diminuição pode ser reflexo do manejo realizado pelo produtor na fase vegetativa da lavoura que se prepara para a safrinha.
Maria Cristina destaca que também foram encontrados menos insetos infectados durante a última semana. Segundo ela, este panorama também pode ser um reflexo do manejo inicial. “O produtor que plantou o milho safrinha não deve negligenciar o manejo da lavoura para impedir que insetos infectados que migram de lavouras mais velhas transmitam os patógenos nas fases iniciais do milho de segunda safra”, diz ela.
É importante que o produtor continue atento à incidência da cigarrinha no campo e realize o manejo químico ou biológico do plantio até V8 – V10, pois estes estágios são críticos em caso de transmissão. “Os sintomas dos enfezamentos são silenciosos e só serão observados ou quantificados na fase reprodutiva da lavoura”, salienta Maria Cristina.
O programa Monitora Milho SC coleta e divulga semanalmente informações de todo o Estado, permitindo que o setor produtivo acompanhe a evolução da população de cigarrinhas e as infecções causadas por esses insetos. A média estadual de cigarrinhas encontradas por armadilha é de 105,6. Na última semana não foi detectada a presença do espiroplasma de enfezamento-pálido nem o vírus do mosaico estriado.
O ataque de cigarrinhas infectadas com os patógenos dos enfezamentos pode comprometer substancialmente a produção de lavouras de milho. Para acompanhar a situação, foi criado no começo de 2021 o programa Monitora Milho SC, uma iniciativa do Comitê de Ação contra Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, composto pela Epagri, Udesc, Cidasc, Ocesc, Fetaesc, Faesc, CropLife Brasil e Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.