Em entrevista exclusiva para a Rádio Colmeia ás 12h30, o secretário de Saúde de União da Vitória, Dr. Ary Carneiro Junior, afirmou nessa segunda-feira, 20 de abril, que o sexto caso confirmado de Covid-19 do município, divulgado no domingo, 19, se trata de uma transmissão comunitária. A sexta pessoa a ser diagnosticada com o vírus foi um quadro levantado pela Vigilância Epidemiológica do Paraná.
No final de semana já haviam sido divulgados dois casos de pessoas que tiveram contato com os primeiros doentes. Já se tratando deste último caso, o secretário diz que, “já podemos afirmar de forma epidemiológica, que já existe transmissão comunitária”. O que se torna um alerta maior para a população, para assim, utilizarem cada vez mais as medidas preventivas. Água e sabão, álcool e gel, uso de máscaras protetoras, distanciamento e isolamento social são essências nesse momento, garante Dr.Ary. “Circular o mínimo possível dentro da comunidade, permanecendo em seus ambientes domiciliares, protegendo aqueles grupos de riscos que são as pessoas com mais de 60 anos que são as mais suscetíveis a terem problemas, enfim, tomar todo o cuidado possível e imaginado”, coloca.
Houve também o comunicado de um salão de beleza nas redes sociais, localizado na Rua Doutor Cruz Machado, centro de União da Vitória, em que o estabelecimento alertou seus clientes que estiveram nos últimos dias no salão, que redobrem a atenção caso sentirem algum sintoma e que, o local está suspendendo suas atividades por tempo indeterminado, pois seus colaboradores tiveram contato com uma das pessoas que testou positivo para o Covid-19, pessoa essa, que poderia ser uma funcionária. Em nota, o salão disse que está seguindo as orientações da Vigilância Epidemiológica de União da Vitória. Para Carneiro, que afirma que a área da saúde não divulga nenhuma informação sobre pacientes, diz que foi surpreendido pela nota nas redes sociais de que o estabelecimento teria sido fechado em orientação da Vigilância Epidemiológica. “Isso não é verdadeiro, a Vigilância Epidemiológica de União da Vitória não teve nenhuma ação nesse sentido”, diz.
“Ao se identificar num local em que se tenha eventuais contatos com pessoas possivelmente contaminadas, as orientações são feitas de forma epidemiológicas, ou seja, de bloqueios em que se identifique as pessoas que tiveram tal contato”, fala o Dr. Assim, mantendo-as em casa no período de 14 dias em isolamento social e, ao apresentarem sintomas redirecioná-las a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para triagem e possível coleta de material para teste, encaminhando este material para a 6ª Regional de Saúde e em seguida, para Laboratório Central do Estado (Lacen) em Curitiba.
Caso haja um aumento no número de casos efetivamente e a saúde não consiga através dos bloqueios controlar a situação, medidas mais efetivas serão tomadas. “Mas por enquanto isso não se faz necessário, porque são fatos localizados, identificados e as pessoas estão em isolamento”, conclui. Se a pessoa em isolamento continuar a sair de casa e continuar a ter contato com outras pessoas, é configurado crime passível de prisão e processo criminal. Como o município tem agora transmissão comunitária, o cuidado deve ser triplicado, para que não se precise tomar medidas mais drásticas que eventualmente venham a impactar fortemente a comunidade.
Importante destacar que dos seis casos já confirmados no município, três já foram curados; sendo que até o momento, nenhum paciente precisou ser internado. Todos se mantiveram em isolamento domiciliar, monitorados e recebendo todos os cuidados necessários por parte da secretária municipal de Saúde.