
Na Manha de ontem , 21 de setembro, a comunidade de Santa Cruz do Timbó se reuniu para celebrar os 106 anos de fundação do distrito. O tradicional Desfile Cívico-Militar marcou a data, reunindo escolas, entidades, autoridades locais e moradores em um momento de patriotismo, união e valorização da história da comunidade.
O desfile percorreu as ruas centrais do distrito e contou com a participação de estudantes, bandas marciais e representantes de diferentes setores da sociedade, resgatando o sentimento de pertencimento e orgulho da população.
A celebração seguiu no pavilhão da Igreja Luterana, onde a festa comunitária reuniu famílias e amigos em um ambiente de confraternização, animado pelo grupo Sangue Latino, garantindo diversão e alegria para todos.
O evento reforçou a importância de preservar as tradições locais, fortalecer os laços comunitários e manter viva a história de Santa Cruz do Timbó para as futuras gerações.
Santa Cruz do Timbó, 1930. Foto de propriedade do Sr Alvir Galle
O distrito foi instalado oficialmente em 26 de julho de 1926, mas sua colonização remonta a décadas anteriores. A região era originalmente habitada pelos índios Xokleng, os quais, inclusive, provocaram a morte do primeiro morador do lugar, Pedro Ermonge, e dois netos adolescentes, por volta de 1910. Esse acontecimento levou a família Ermonge a erguer uma cruz de madeira às margens do rio Timbó.
Por volta de 1917 chegaram as primeiras famílias de migrantes, a maior parte evangélicos luteranos de origem alemã, vindos do Rio Grande do Sul. Eram as famílias Perske, Barth, Jung e Sander, dentre outras. Muitos vieram do município gaúcho de Santa Cruz do Sul e, encontrando a cruz rústica, denominaram o local de “Lugar da Cruz”, depois apenas “Santa Cruz”. Mais tarde, houve a tentativa de alterar o nome para “Caúna”, homônimo duma planta de gosto amargo, abundante na região. Tendo sido frustrada essa tentativa, retomou-se o nome “Santa Cruz”, acrescentando-se o nome do rio que banha a região, Timbó. Ao final das duas guerras mundiais, vieram algumas famílias diretamente da Europa, bem como das regiões litorâneas de Santa Catarina.
