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Ex-padre diz: “Estrangulei ela e joguei no chão”

O ex-padre Maximiliano Vicenci, de 43 anos, confirmou que matou a esposa Terezinha Moares Soave, de 62 anos, por estrangulamento.

Foto: Divulgação Rede Social

A Polícia Civil da cidade de Balneário Piçarras (SC), recebeu nesta quinta-feira, 7 de abril, o ex-padre e cabeleireiro Maximiliano Vicenci, que em depoimento ao delegado Wilson Masson, relatou que matou a esposa no dia 27 de março, na residência onde moravam.

Em depoimento ao delegado, Maximiliano Vicenci disse: “Tivemos um  discussão por causo de um livro, pois Terezinha Moares Soave, estaria a fim de ler livros de outra religião, indo contra o atual credo que eu sigo. Diante disso, peguei ela pelo pescoço e a estrangulei, depois joguei no chão, onde vi que ela não estava mais respirando”. Segundo Maximiliano, uma vizinha até perguntou o que teria ocorrido por causa dos gritos, e o ex-padre disse que a esposa teve mais uma crise de depressão.

No dia 29 de março, Maximiliano colocou o corpo de Terezinha no veículo dela e foi até a Serra da Dona Francisca, bem próximo do Mirante e lá, jogou o corpo. Depois de jogar o cadáver da esposa, Maximiliano esteve na delegacia de Balneário Piçarras, fazendo um boletim de ocorrência por abandono de lar. No depoimento do dia 29, o ex-padre disse que a esposa tinha saído de casa com duas malas e que poderia ter ido para o interior de São Paulo, onde moram vários de seus familiares.

Foto: Divulgação Rede Social

A localização do corpo de Terezinha Moares Soave, foi identificado pelo Instituto Geral de Pericia (IGP) e pela Polícia Civil, que logo após iniciou o trabalho de investigação para prender o autor do assassinato. Já nesta quinta-feira, Maximiliano Vicenci esteve se apresentando por vontade própria e afirmou que tinha matado a esposa.

Segundo o delegado Wilson Masson, o ex-padre não planejou a morte da esposa, pois no local do crime foi localizado um revolver calibre 38, que não foi utilizado na morte. Ainda segundo Masson, o ex-padre vai responder pelo crime de Feminicídio, em que no Código Penal, prevê pena de reclusão de 12 a 30 anos.

Maximiliano Vicenci foi padre em União da Vitória e passou por várias paróquias, a última que trabalhou foi na comunidade da Sagrada Família, no distrito de São Cristóvão. Depois de ir embora de União da Vitória, trabalhou como padre em Balneário Piçarras, onde solicitou ao alto poder da Igreja Católítica o seu desligamento e entregou a sua batina, vindo a ser um trabalhador na área da beleza, atuando como cabeleireiro.

Até o presente momento o advogado de Maximiliano Vicenci não falou nada sobre as acusações do seu cliente e não concedeu entrevista para a imprensa sobre o caso.