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Exposição apresenta história do tropeirismo em Porto União

Que tal conhecer alguns apetrechos utilizados pelos tropeiros como a sela, o laço, o reio, a buzina, o poncho, o bolsão de couro ou o pelego? O acervo está disponível na exposição em homenagem aos Tropeiros, aberta na noite de terça-feira, 20, na Casa Cultural Anibal Khury, em Porto União.

Foto: Divulgação

O momento foi celebrado com muita prosa e histórias do movimento marcante em Porto União e região. O acervo, que integra a exposição, foi angariado por pessoas que tem ligação sanguínea ou afinidade pelo tropeirismo: José Zito Alves, Marcos Alaor Santos e João Miguel Moraes.

Bastante empolgada com cada peça do acervo a coordenadora da Casa Cultural, Therezinha Wolff, contou um pouco a história do Tropeirismo, relacionando esse fato com os dias atuais. “Aqui em Porto União e União da Vitória durante largo tempo não foi considerado uma cidade tropeirista porque não se fazia junção pelo vau. Com a descoberta do vau, em 1842, por Pedro Siqueira Cortes, então se encurtou o caminho de Palmas a Palmeira e passou a ser um viés do caminho das missões”, destacou Therezinha.

Com relação ao tropeirismo Porto União já tem em vigor a Lei nº 3.160, de 26 de abril de 2006, que anexa ao nome da avenida João Pessoa, em toda sua extensão, o título Caminho dos Tropeiros. “Propomos pela Academia de Letras (Alvi) que houvesse essa homenagem aos Tropeiros, então existem algumas placas na extensão da Avenida, mas para muitas pessoas isso não significa nada. Com essa exposição as pessoas podem conhecer um pouco mais sobre essa parte da história do nosso município”, explica Therezinha.

Ela também destaca a importância do Tropeiro naquela época. “O Tropeiro não tinha só o papel de levar as tropas, mas ele carregava as correspondências, servia de mediador entre o farmacêutico ou um curandeiro, levava e trazia as notícias que eram enviadas por cartas e de amor, inclusive”, afirma.

Foto: Divulgação

O secretário de Cultura e Turismo, José Carlos Gonçalves, também esteve presente na abertura. “Fui criado na região do bairro Rio D’Areia, onde passavam as tropas com direção ao matadouro. Quando crianças, gostávamos de ver todo aquele movimento, principalmente quando “estourava um boi” era bastante interessante, porque era nessa hora que o tropeiro saía com seu cavalo em disparada e com o laço arrebanhava ele novamente, colocando-o junto a tropa”, recordou o secretário.

O prefeito Anízio de Souza acompanhou a abertura e conversou com os expositores, conhecendo o acervo que traz a tona fatos importantes da história. “Quero parabenizar a Dona Therezinha e aos expositores por essa iniciativa, pois é uma forma de valorizar a cultura e resgatar a história do nosso munícipio”, afirma Souza.

Também fizeram os seus relatos Francisco Lotérico, bisneto de tropeiro; Odilon Muncinelli, filho de tropeiro; Joli, morador do bairro Vice King criado por um tropeiro e Sergio Buch, tataraneto de tropeiro.

A exposição segue até o dia 05 de novembro, mas poderá ser ampliada dependendo da procura pela visitação das escolas. O horário é das 12h às 18h, com entrada gratuita. O Castelinho fica na rua Coronel Belarmino, 435, na esquina com a rua XV de Novembro.

 

 

Via comunicação Prefeitura de Porto União.