Rádio Colmeia FM

Gaúcha viraliza após mostrar hobby de limpeza de túmulos

Ivi gravou a limpeza do túmulo de Lobo da Costa, e postou o vídeo no seu perfil de TikTok, que bombou nas redes.

Foto: Arquivo Pessoal

Ivi Pivetta Vitera, de 30 anos, sempre se interessou pela arte tumular, também conhecida como arte funerária. Desde criança, a design de produtos, focava nos detalhes que compõem as sepulturas, quando visitava cemitérios. Sendo assim, quando se mudou para Pelotas, visitou o túmulo do poeta Lobo da Costa, que estava em mal cuidado, coberto de limo. Foi ao gravar a limpeza e postar no seu perfil de TikTok, que Ivi bombou nas redes.

O município de Pelotas é conhecido por sua riqueza arquitetônica e patrimonial, e possui um dos maiores acervos de estilo eclético do país, com 1.300 prédios iventariados.

“Fui incentivada pelo meu noivo, Germano, a registrar as visitas que fazia aos cemitérios. No começo, eu registrava tudo em fotos e postava no Instagram. Como imagens em um álbum. A ideia de me engajar na limpeza veio depois, ao me deparar com o péssimo estado de conservação dos túmulos”, disse a designer.

Desse modo, o vídeo viralizou, e alcançou mais de 2,7 milhões de visualizações em uma semana. Dessa maneira, foi a partir daí que a mulher passou a ganhar o apelido de ‘influencer da morte’, e não parou mais com o conteúdo.

“Aquilo me empolgou. Fiquei surpresa em saber que tanta gente poderia ser ‘estranha’ como eu, porque sempre diziam isso para mim, que eu era ‘estranha’ pela minha paixão pela arte tumular. E foi muito legal saber que as pessoas também se interessam pela história, pelos detalhes guardados em lápides e ornamentos”, conta Ivi.

@tumultulos

Uns dias atrás viralizamos no tiktok por limpar o túmulo de um tal Lobo da Costa, mas afinal, quem foi ele? Já tinha ouvido falar? #lapides #limpandolapides #tumulo #póstuma #cleaningasmr #artetumular #cemiterioantigo #asmrsounds #tombcleaning #cleaningtok #arttok #limpezadetumulo #artenotiktok #pelotas

♬ som original – tumultulos

Dessa forma, ela e o companheiro começaram a viajar a cidades pequenas do Rio Grane do Sul, à procura de cemitérios onde possam descobrir histórias interessantes. Apesar de não se tratar de um trabalho oficial, ou apoiado por entidades públicas, ou privadas, não enfrentaram problemas. Ademais, nunca foram repreendidos por administradores ou funcionários, em certos locais, o abandono é tanto que não se encontram trabalhadores.

Fotos post mortem

Para além do resgate histórico, a designer também faz um registro digital das fotografias post mortem colocadas nos túmulos, e representa um tipo diferente de registro fotográfico de pessoas falecidas. Portanto, nessas fotos, os mortos aparecem posando como se ainda estivessem vivos.

**Via O Hoje