Animal foi achado em 2021 mas só dois anos depois foi identificado como o único de sua espécie
O primeiro caso de hibridismo entre cachorro e raposa foi reportado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em setembro de 2023 pela equipe de geneticista da universidade, uma história que parece ter saído de um conto da Disney “O Cão e a Raposa”. De acordo com pesquisadores, o animal foi descoberto em 2021 após ser levado para um hospital veterinário depois de um atropelamento no município de Vacaria, no Rio Grande do Sul.
De início, pensou ser apenas mais um vira-lata, contudo, aos pouco foi descoberto ser na verdade um caso único de hibridismo. A equipe veterinária que ficou a cargo dos cuidados do animal observou comportamentos estranhos como preferência de comidas frescas como quando caçava ratos no hospital, e também gostava de subir em pequenas árvores e arbustos, traços de uma raposa dos pampas, chamado graxaim-do-campo. Porém, ao mesmo tempo também apresentava traços caninos de cachorro domesticado como latido e o corpo similar a um cachorro.
A equipe veterinária então entrou em contato com a UFRGS, em específico com o geneticista Thales Renato Ochotorena para pesquisar o animal mais atentamente. A espécie foi então movida para a universidade do sul para o Departamento de Genética do Instituto de Biociências da UFRGS.
Lá após vários estudos foi comprovado a identidade do ser vivo como um híbrido é chamado de Graxorra, uma junção do nome comum da raposa com de uma cachorra. O estudo foi publicado no dia 3 de agosto de 2023. Contudo, a história desta descoberta possui um final triste, já que o animal veio a falecer logo depois da publicação. A data não foi registrada, mas outros animais híbridos possuem poucas chances de sobrevivência até a idade avançada devido a incompatibilidade genética.