A 22ª Campanha de Vacinação contra a gripe chegou ao fim nesta terça-feira, 30, após mais de três meses de duração. Santa Catarina não atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS) de vacinar, ao menos, 90% das pessoas que compõem os grupos prioritários. Da população total de 2.674.128 pessoas que deveriam ter tomado a dose, 74,65% se imunizaram.
Assim, as vacinas continuam disponíveis, prioritariamente, para a população dos grupos de risco, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde. No entanto, pessoas que não fazem parte dos grupos e têm interesse em tomar a dose, também podem procurar uma unidade de saúde. A medida evita que haja desperdício de doses. A vacina fica disponível até que os estoques sejam encerrados. Santa Catarina recebeu um total de 2.706.200 doses para a campanha.
A gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), Lia Quaresma Coimbra, atribui a baixa procura pela vacina, em grande parte, pela pandemia do coronavírus. ”A gente acredita que muitas pessoas ainda estão receosas em sair de casa, mesmo tomando todos os cuidados necessários e isso acabou refletindo na cobertura vacinal”, explica. Em anos anteriores, o estado obteve melhores resultados na Campanha de Vacinação contra a gripe. Em 2019, a cobertura ficou em 87,27%. Em 2018, em 92,03%.
A vacina contra a gripe protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno passado que são: influenza A (H1N1); influenza A (H3N2) e influenza B e não causa a gripe, pois é fabricada com vírus morto. Ela tem como objetivo evitar os casos graves, internações e óbitos pela doença. Além disso, neste momento, apesar de não oferecer imunidade contra o coronavírus, é uma importante ferramenta no diagnóstico da Covid-19, já que os sintomas das duas doenças são bem parecidos.
Confira como ficou a vacinação entre os grupos prioritários:
Grupo | População | Doses aplicadas | Cobertura Vacinal | |
Fase 1 | Idosos com mais de 60 anos | 670.028 | 841.668 | 125,62 |
Trabalhadores da saúde | 134.793 | 144.617 | 107,29 | |
Fase 2 | Forças de segurança e salvamento | 23.120 | 17.910 | 77,47 |
Pessoas com comorbidades | 490.452 | 353.036 | 71,98 | |
População privada de liberdade | 16.400 | 16.544 | 100,88 | |
Funcionários do sistema prisional | 3.981 | 3.890 | 97,71 | |
Caminhoneiros | 145.893 | 32.885 | 22,54 | |
Motoristas e cobradores do transporte coletivo | 17.961 | 6.528 | 36,35 | |
Trabalhadores portuários | 4.277 | 3.202 | 74,87 | |
Povos indígenas | 11.459 | 10.698 | 93,36 | |
Fase 3 (etapa 1) | Crianças de 6 meses a menores de 6 anos | 470.984 | 326.207 | 69,26 |
Pessoas com deficiência | 221.726 | 5.575 | 2,51 | |
Gestantes | 71.524 | 44.240 | 61,85 | |
Puérperas (até 45 dias após o parto) | 11.752 | 8.146 | 69,32 | |
Fase 3 (etapa 2) | Adultos de 55 a 59 anos | 303.003 | 117.024 | 38,62 |
Professores de escolas públicas e privadas | 76.775 | 64.120 | 83,52 | |
TOTAL | 2.674.128 | 1.996.290 | 74,65% |
*Fonte: SIPNI/DATASUS/MS. Dados atualizados às 23h50 do dia 30 de junho de 2020.