Mateus Facio, um estudante universitário brasileiro de 21 anos, vivenciou um evento chocante enquanto celebrava o Ano Novo em 2024. Ele estava com amigos em uma praia em Cabo Frio, a leste do Rio de Janeiro, quando ocorreu um incidente que inicialmente parecia menor, mas acabou sendo ameaçador à vida. Na praia, Facio sentiu um impacto súbito na cabeça, que ele supôs ser uma pedra. Ele descreveu a sensação como “o som de uma explosão, quando uma bomba explode, mas dentro da minha cabeça.” Apesar da dor e sangramento, Facio continuou suas comemorações, sem estar ciente da gravidade de sua lesão.
No dia seguinte, Ano Novo, Facio saiu novamente com seus amigos. Foi apenas no dia 2 de janeiro, durante sua viagem de mais de 300 quilômetros de volta para Minas Gerais, que ele começou a experienciar espasmos no braço direito, prolongando significativamente sua jornada. No dia 4 de janeiro, notando que seu braço direito estava ‘caído’, ele decidiu buscar atendimento médico. Foi então que a verdadeira natureza de sua lesão foi descoberta.
O neurocirurgião Flavio Falcometa, que tratou Facio, revelou a chocante causa de seus sintomas: uma bala alojada em seu cérebro. Falcometa explicou que “parte da bala penetrou no seu cérebro causando compressão naquela área e levou aos movimentos involuntários de seu braço.” Ele também destacou a gravidade da situação, afirmando que se a bala estivesse posicionada ligeiramente diferente, poderia ter causado danos muito mais graves, possivelmente resultando em paralisia do braço ou de um lado do corpo.
A descoberta de que Facio havia sido baleado levou ao envolvimento da polícia. Como parte de sua investigação, detetives tomaram um depoimento de Facio e começaram a analisar o fragmento de bala que foi removido de seu cérebro durante uma operação de emergência. Esta operação foi necessária devido à natureza ‘muito arriscada’ da condição de Facio, conforme descrito por Falcometa. O neurocirurgião expressou otimismo sobre a recuperação de Facio, estimando que ele poderia retomar sua vida normal dentro de 20 a 30 dias.
A mãe de Facio expressou seu alívio e espanto com o desfecho, comentando sobre a natureza milagrosa da sobrevivência de seu filho. Ela disse: “É inexplicável como alguém pode ter uma bala alojada na cabeça por quatro dias e sobreviver. Sinto que meu filho nasceu de novo.”
O incidente levantou questões sobre a segurança pública e as circunstâncias sob as quais Facio foi baleado. A investigação policial em andamento visava descobrir esses detalhes, focando nas origens do disparo e na pessoa responsável por atirar a arma que inadvertidamente atingiu Facio.
Fonte: G1