Para marcar o mês de março, que é todo dedica as mulheres pelo seu dia comemorado no dia 8, a Secretaria Municipal de Cultura, através da Casa Cultural Aníbal Khury, realiza no dia 10 de março (terça-feira), uma sessão do filme “Chiquinha Gonzaga – Uma História de Vida”.
Este evento tem a parceria da Secretaria Municipal de Cultura e da Casa Cultural, da ACIPU e ACEUV, e da Secretaria Municipal de educação, que na oportunidade, vai abrir as portas do auditório para a exibição do filme.
Quem é Chiquinha Gonzaga:
Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi compositora, pianista, regente brasileira, a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, e também à autora da primeira marchinha de carnaval, “Ó abre alas”.
Desde criança, Chiquinha mostrou interesse pela música, e dedicou-se ao piano e compôs valsas e polcas. Separada do marido, dava aulas de piano e apresentava-se com o conjunto Choro Carioca, em festas domésticas, tocando piano.
Seu primeiro sucesso foi aos 29 anos, com a composição “Atraente”, um animado choro. Em seguida, dedicou-se a musicar peças para o Teatro de Revista, onde sofreu muito preconceito, mas finalmente iniciou sua carreira de maestrina com a revista “A corte na roça”.
Sua música fez grande sucesso e recebeu vários convites de trabalho, porém sua carreira ganhou prestígio mesmo com a marcha-rancho “Ó abre alas”, feita para o carnaval de 1899.
A peça de teatro “Forrobodó”, musicada por Chiquinha Gonzaga, e apresentada em um bairro pobre do Rio de Janeiro, tornou-se um dos maiores sucessos de Chiquinha e do Teatro de Revista do Brasil, atingindo 1500 apresentações.
Mas tarde Chiquinha Gonzaga lutou pelos direitos autorais, após encontrar em Berlim várias partituras suas reproduzidas sem autorização.
Chiquinha, também era fundadora, sócia e patrona da SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, ocupando a cadeira nº 1.
Francisca Edwiges Neves Gonzaga nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de outubro. Filha de José Basileu Alves Gonzaga, primeiro-tenente, de família ilustre do Império, e Rosa Maria Lima, mestiça e pobre.
Apesar da família de José Basileu não ter grandes condições financeiras, Chiquinha Gonzaga recebeu a mesma educação dada às crianças burguesas da época. Estudou português, cálculo, inglês e religião com o Cônego Trindade e música com o Maestro Lobo.
Em 1863, com dezesseis anos, seguindo as exigências do seu pai, Chiquinha Gonzaga casou-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, um jovem rico, oficial da Marinha, oito anos mais velho que ela. Em 1864 nasceu seu filho João Gualberto, e em 1865 nasceu Maria do Patrocínio.
Chiquinha, de gênio forte e decidida, continuou a sua dedicação ao piano, compondo valsas e polcas, para desagrado do marido.
Em 1866, Chiquinha é obrigada pelo seu marido, co-proprietário de um navio e Comandante da Marinha Mercante, a acompanhá-lo no transporte de escravos, armas e soldados para a Guerra do Paraguai. Insatisfeita com a situação, pois as ordens do marido era que ela não se envolvesse com música, Chiquinha voltou com seu filho para a casa de seus pais, onde sua filha Maria já estava. Não tendo apoio da família, e descobrindo que estava grávida, ela volta a viver com seu marido. Em 1867 nasceu seu terceiro filho, Hilário, porém o casamento durou pouco tempo.
Após a separação, Chiquinha passou a viver com o Engenheiro João Batista de Carvalho Júnior, levando junto seu filho João Gualberto. O casal morou em Minas Gerais. E em 24 de agosto de 1876, nasceu Alice, filha do casal. Pouco depois com ciúme do marido, Chiquinha volta para o Rio de Janeiro, com seu filho João Gualberto, deixando Alice com o pai.
Chiquinha voltou a viver da música, dava aulas de piano e obteve grande sucesso, compondo polcas, valsas, tangos e cançonetas.
Ao mesmo tempo, juntou-se a um grupo de músicos de choro, e foi ai que Chiquinha viu a necessidade de adaptar o som de seu piano, ao gosto popular. O que lhe valeu à glória de se tornar a primeira compositora popular do país.
O sucesso de Chiquinha Gonzaga começou em 1877, com a polca “Atraente”, e partir da repercussão de sua primeira composição impressa, Chiquinha resolveu se lançar no teatro de variedades.
Estreou compondo a trilha da opereta de costumes “A Corte na Roça”, de 1885. Em 1899, Chiquinha conheceu o músico português, João Batista Fernandes Lages, que vivia no Rio de Janeiro. Chiquinha com 52 anos, e ele com apenas 16, começaram um relacionamento. Para não enfrentar o moralismo da época, Chiquinha registrou João Batista como seu filho, e viveram juntos e felizes, sempre com Chiquinha protegendo a sua privacidade.
Em 1934, aos 87 anos, Chiquinha Gonzaga escreveu a partitura da opereta “Maria”, compondo as músicas de 77 peças teatrais, e tornando-se responsável por cerca de 2.000 composições.
Em 1897, todo o Brasil dançou sua estilização do corta-jaca, sob a forma de tango “Gaúcho”, mais conhecido como “Corta-Jaca”. Dois anos depois, compôs “Ó Abre Alas”, a primeira marcha carnavalesca.
E foi cercada dessa glória que Chiquinha Gonzaga viveu em companhia de João Batista, até 28 de fevereiro de 1935, quando faleceu.
Serviço:
Data do filme: 10 de março de 2015
Horário: 19h30
Local: Auditório da Secretaria municipal de Educação de Porto União
Endereço: Rua Frei Rogério n° 367 próximo do Banco do Brasil.
Entrada gratuita.
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