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Juiz avalia projeto ‘Família Acolhedora’ implantado em União da Vitória

 

Foto: Divulgação

Dar um destino familiar, mesmo que momentâneo, para crianças e adolescentes que são retirados de suas famílias devido às situações de risco detectadas pela Vara da Infância, da Juventude e da Família. Essa é a meta do Programa ‘Família Acolhedora’, implantado pela prefeitura de União da Vitória, por meio da secretaria de Ação Social, neste ano. Outro quesito é projetar um futuro melhor e evitar as permanências em Casa Abrigo ou Casa Lar. O afeto sentimental e a convivência dentro do ambiente familiar podem fomentar princípios sociais e amenizar os transtornos futuros de acordo com o juiz da Vara da Infância e Juventude, Família e Anexos da Comarca de União da Vitória, Carlos Eduardo Mattioli Kockanny.

 

O direito de ser acolhido:

 

“Toda criança tem o direito pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente a permanecer no seio familiar, sendo na família natural ou substituta”, explicou Carlos Mattioli. Alguns sofrem abusos ou não recebem o cuidado e a proteção necessária e precisam da interferência da Justiça que se obriga em retirá-los da família e encaminhá-los para entidades de proteção, onde aguardam a resolução do problema e o retorno para casa ou serem adotados. Se isso não ocorrer pode permanecer na Casa Abrigo ou Casa Lar até atingir a maioridade. Nesse ambiente precisam compartilhar o uso de roupas, estruturas e seguir um sistema de vida regrada.

Do contrário, ao ser acolhido, a criança ou adolescente pode criar uma postura que lhe projete um futuro melhor devido ao afeto recebido da família. Conforme o magistrado, o intuito não é esvaziar os abrigos, mas sim ofertar um espaço familiar, um acolhimento que ajude no desenvolvimento do futuro cidadão, superando os transtornos e encontrando novos direcionamentos para a vida. Especialmente, articulados no recebimento de carinho e atenção dos acolhedores.

 

O programa:

 

Sobre o Programa Família Acolhedora, Carlos Mattioli disse que é resultado de um planejamento minucioso. “Foi feito todo um estudo, não foi algo feito de forma desorganizada”, salientou. “Pensando no bem das crianças”, acrescentou. Esse trabalho teve base em experiências de programas em curso e bibliografia sobre o tema. O juiz elogiou a postura da secretária de Ação Social, Mônica Andrea Barcelos do Amaral e demonstrou confiança no trabalho desempenhado que objetiva dar uma oportunidade, as crianças e adolescentes, de viver em família. Para conhecer melhor o funcionamento do projeto, e ser colaborador, basta ao interessando procurar a secretaria de Ação no prédio da prefeitura velha ou pelo telefone (42) 3522.4748.