Mais informações sobre o caso da apreensão de drogas e prisão de um médico em Porto União foram confirmadas com exclusividade pelo Canal 4. Na tarde desta segunda-feira, 23, os policiais civis da Divisão de Investigação Criminal (DI)C de Porto União, realizaram uma operação e prenderam um médico em flagrante por posse de drogas, que foi apresentado na delegacia e transferido para a cadeia pública de União da Vitória.
De acordo com as informações, denúncias de tráfico de drogas em casas noturnas do Vale do Iguaçu foram recebidas e, as investigações, apontaram para um homem que traficava drogas sintéticas. Após cumprimento do mandado de busca e da prisão do mesmo, foi realizada a quebra de sigilo telefônico, em que foi constatado trocas de mensagens com outro homem identificado pelo apelido de “Dr. M”, que veio a ser confirmado se tratar do médico.
As negociações de drogas sintéticas realizadas entre o “Dr. M” e o homem preso foram identificadas nas mensagens. As drogas eram destinadas ao comércio de uma casa noturna da área central de Porto União. Em posse das informações levantadas na investigação, o Poder Judiciário expediu um mandado de busca e apreensão, e também de prisão preventiva em desfavor do médico, que foram cumpridos em seu consultório e residência.
O mesmo que é natural de Rondônia, foi graduado em uma universidade da Bolívia e estava atuando pelo programa “Mais Médicos”.
Em sua casa foram encontrados cigarro de maconha, uma pequena porção de substância análoga à maconha, micro pontos de LSD e um frasco de lança perfume, entorpecente popularmente conhecido como loló. O médico disse que a droga localizada na casa para consumo próprio esporádico, com exceção dos micro pontos de LSD, e que teria recebido de um conhecido que não identificou. Ele não justificou o motivo de ter em sua residência a droga LSD.
Um aparelho celular também foi apreendido, em que foi solicitada uma perícia com o objetivo de levantar mais informações sobre o tráfico de drogas na região.
A investigação, assim como os depoimentos colhidos, indicam a prática do delito de tráfico de drogas pelo médico, associado ao rapaz preso em primeiro momento. O médico responderá criminalmente e poderá receber pena privativa de liberdade superior a quatro anos, conforme artigo 313, I, do Código de Processo Penal.