Uma nova linhagem do coronavírus, originária da B.1.1.28, foi detectada no município fluminense de Porto Real, divisa com o Estado de São Paulo.
Nomeada como P.5, a linhagem tem a mesma estrutura da cepa original, porém sofre mutações no spike, como é conhecida a coroa do vírus que se liga à célula. A informação foi divulgada nesta terça-feira (22) pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.
“Dezenove casos da mesma variante já foram localizados no Estado de São Paulo e, até o momento, não é possível afirmar que ela seja mais letal ou transmissível”, informou a secretaria, em nota.
A descoberta ocorreu graças ao monitoramento genômico da Rede Corona-Ômica-RJ. O estudo faz parte de uma parceria entre Secretaria de Saúde, a Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), o LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica), o Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o Laboratório Central Noel Nutels, da Fiocruz, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
A Secretaria de Saúde ressaltou que, independentemente da cepa do vírus ou linhagem, as medidas de prevenção e os métodos de diagnóstico e tratamento da Covid-19 seguem os mesmos.
Sendo assim, não há alteração nas medidas sanitárias já adotadas como uso de máscaras, álcool em gel e lavagem das mãos. A secretaria lembra que também é necessário evitar a aglomeração.
“Além disso, é importante os municípios continuarem avançando no processo de vacinação contra a covid-19 e que a população retorne para receber as segunda dose. Apenas assim, é possível alcançar a completa eficácia da vacina. Estudos mostram que todas as vacinas disponíveis no Brasil são eficazes contra as variantes identificadas até o momento”, concluiu a nota.