
Imagem reprodução
Uma prisão realizada em Irineópolis marcou a participação do município na Operação Entre Lobos, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) na última terça-feira (22). A operação foi coordenada em parceria com a Promotoria de Justiça de Modelo (SC) e cumpriu 13 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão em cinco estados brasileiros. O esquema, segundo as investigações, envolvia estelionato contra idosos e pessoas vulneráveis, além de crimes como lavagem de dinheiro e atuação em organização criminosa.
O caso teve início após denúncias de vítimas que relataram perdas financeiras causadas por escritórios de advocacia de fachada. Os criminosos abordavam aposentados oferecendo revisão de contratos bancários e, sem o devido esclarecimento, faziam com que eles assinassem contratos de cessão de crédito por valores muito abaixo do que tinham direito. Com sede em Pinhalzinho (SC) e Fortaleza (CE), as empresas envolvidas desviaram milhões de reais, deixando vítimas que deveriam receber R$ 100 mil ou mais com quantias irrisórias, como R$ 2 mil.
Em Irineópolis, a prisão de um dos investigados mostra o alcance do esquema até mesmo em cidades de menor porte, evidenciando a gravidade e a estrutura bem articulada da organização. Os mandados cumpridos na operação incluíram apreensão de veículos, bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens. Estima-se que mais de mil vítimas tenham sido lesadas em todo o país. Em alguns casos, os golpistas retiveram mais de 90% dos valores liberados judicialmente.
A ação teve apoio de 130 agentes do Gaeco, Polícia Militar e promotores de Justiça, com respaldo da OAB para cumprimento dos mandados em escritórios de advocacia. O caso segue em investigação, com a expectativa de identificar mais envolvidos e recuperar os valores desviados. A atuação firme das autoridades é um passo importante na proteção dos direitos de idosos e no combate ao crime organizado em Santa Catarina e no Brasil.
