Da Redação – por Mariana Baufleur
A Rádio Colmeia recebeu em seus estúdios nessa quinta-feira, 09, para participação no Jornal Colmeia, o gestor de projetos da empresa Eco&Eco, Wilson Miguel, para falar sobre o desenvolvimento turístico de Porto União com a construção do Complexo Turístico Morro da Cruz que inaugurou no final do ano passado a tirolesa.
A Eco&Eco é a empresa responsável pelo projeto e execução da obra. Com 25 anos de criação a empresa está presente em 24 estados com diversos serviços na área de turismo concluídos com sucesso. Em Porto União iniciou de fato o projeto e as obras no Morro da Cruz em 2023.
A ideia do projeto de um Complexo Turístico surgiu em 2018, entre conversas da empresa e prefeitura, o projeto se consolidou no ano retrasado. “De todos os potenciais turísticos levantados, o Morro da Cruz, por ser único e o local onde a prefeitura poderia intervir de maneira direta, foi onde a gente sinalizou como ponto de partida”, disse Wilson Miguel.
O investimento de mais de R$3 milhões visa a integração de Porto União em rotas turísticas já consolidadas e outros projetos de grande envergadura como o Caminho do Rio do Peixe nas cidades do Meio-oeste Catarinense, tendo o turismo com uma excelente fonte de geração de renda para municípios com belezas naturais onde Porto União será o ponto inicial.
O projeto propõe a integração dos pontos turísticos urbanos como o Morro da Cruz, o Balneário Santa Rosa, Parque do Centenário, Instituto Grünenwald entre outros.
“Se você pegar o potencial de produtos a serem desenvolvidos em Porto União e região, a gente poderia colocar uma relação aí que a região está para o turismo como a Arábia Saudita está para o petróleo”, comparou Wilson ao falar das possibilidades de desenvolvimento que há presente no município e região.
Para o representante da Eco&Eco, quando falam que Porto União está no final do Estado, num canto esquecido, há um equívoco. “Estrategicamente, geograficamente, Porto União num raio de 400 km, é o centro da região Sul do Brasil”, complementou ele dizendo que as 19 cidades mais importantes da região Sul estão nesses 400km de raio.
De acordo com o projeto a conexão entre o Instituto Grünenwald, Morro da Cruz e Parque do Centenário poderá ser feita futuramente por meio de um teleférico (bondinho). Haverá funicular (tipo especial de caminho de ferro utilizado para subir terrenos muito inclinados) ligando o topo do morro à Via Sacra.
O Parque linear será mais uma opção para aproveitar os espaços nas margens dos rios Iguaçu e Pintado. Novas trilhas serão abertas no Morro da Cruz aproveitando alternativas como arvorismo, downhill e trenó de montanha.
No topo do morro serão construídos mirantes, área comercial, estrutura com banheiros e bebedouros e a estação funicular assemelhando-se à estruturas de sucesso implantadas em outras cidades turísticas.
Parte pública
Da parte pública apenas 18% do projeto está concluído. Além da tirolesa e da urbanização inicial, terá um bonde funicular indo até a Paleotoca. Lá terá um Centro de Difusão Ambiental (CDA) onde terá totens interativos com informações e também um elevador de acessibilidade.
Da Paleotoca haverá um segundo funicular que chega até o Poço do São João Maria. Ali terá área urbanizada com lanchonete, recepção e loja de souvenirs.
A tirolesa já está pronta e o próximo passo é a prefeitura realizar uma licitação para definir um operador para o local, para que ela comece a funcionar. De acordo com Wilson Miguel, mais de 100 descidas testes já foram realizadas e a partir de 1º de fevereiro a tirolesa já vai poder ser utilizada, desde que definido um operador. A questão ambiental também está toda regularizada.
Parte Privada
Com o desenvolvimento desse complexo na questão da área privada, o próximo passo é a atração de um empreendimento hoteleiro que é um resort. Já existe desse resort, de acordo com Wilson Miguel, o levantamento de toda a parte de viabilidade técnica, ambiental e jurídica e também a questão alinhada com o terrenista que será sócio.
Será buscado então um sócio construtor na região que queira entrar no projeto e após, um parceiro em marketing e vendas.
Dentro da área e da possibilidade do projeto, será um resort com 210 unidades com expectativa de se trabalhar em três fases de 70 unidades, dentro de um prazo de 5 anos para a primeira fase. “E a expectativa ali, já bem encaminhado das tratativas aí pra gente trazer uma bandeira de peso, uma bandeira internacional para este empreendimento”, enfatizou o gestor de projetos.
Um resort com essa capacidade trará no mínimo 420 empregos diretos para o município.
Você pode ouvir a entrevista na íntegra e completa abaixo.