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Presidente da Celesc visita Porto União e ouve demandas de empresários da Área Industrial

Imagens: Adriano Dziduk/ Rádio Colmeia

Atendendo a um pedido do Governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, e acompanhado dos Deputados Vicente Caropreso (PSDB) e Valdir Cobalchini (MDB), o presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, esteve em Porto União para ouvir as demandas do município e dos empresários da Área Industrial. O presidente foi recepcionado pelo prefeito, Eliseu Mibach, em encontro com os empresários na tarde desta quinta-feira, 15.

No início da tarde, o presidente, deputados e prefeito estiveram participando do Jornal Colmeia.

Imagem: Marcelo Kampff/ Assessoria do Deputado Valdir Cobalchini

Após ouvir as demandas, Martins apresentou um panorama do setor elétrico e disse que, o que acontece em Porto União, é uma variação de tensão. Ele explicou que os geradores que produzem blocos de energia elétrica são transportados, pelas transmissoras, até a subestações da Celesc. Também podem ser conectados a partir de uma linha com 138 ou 69 mil volts em uma subestação de uma transmissora, acima de 235 mil volts e, dali, ser levado as subestações da Celesc.

Na região de Porto União não há uma transmissora que chegue em 138 mil volts na subestação da Celesc. Por conta da configuração atual do sistema a Copel distribui energia para uma distribuidora. Martins coloca que a energia teria que ser transportada primeiro a uma transmissora e depois para uma distribuidora, para não haver variação.

No ano passado a subestação de Porto União teve a distribuição duplicada. Agora são dois transformadores de 9.2 Megavoltampére (MVA). Logo, a subestação não está com problemas de distribuição de energia elétrica. O presidente da Celesc explicou que, como não há abastecimento em 138 mil volts em Porto União, a indústria se abastece em 23 mil volts, o mesmo das residências, causando uma grande variação e consequentemente problemas com a falta de energia.

Uma Área Industrial tem a demanda de aproximadamente 10 megawatts de potência. Se considerasse a área como uma única indústria, esta já deveria estar sendo atendida em 138 mil volts ou em 69 mil, separadamente das residências. A área industrial teria que conectar na subestação da Celesc de 138 mil volts “e essa é uma das soluções”, disse Martins.

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Ele lembra que se a solução for conseguida com a Copel, a Área Industrial terá que fazer uma linha até a subestação da Celesc. “A gente disponibiliza os 138 mil volts, vocês fazem uma linha até a zona industrial e lá vocês também vão ter uma subestação, é mais ou menos quando a gente vai fazer um pedido de conexão para a nossa residência, do poste pra dentro, o custo é do proprietário”, pontuou.

Uma solução viável seria a seguinte: entre a subestação da Copel e a subestação da Celesc, há uma distância média de 5 km. Conectando a energia nos 138 mil volts da Copel e alterando a subestação da Celesc para 138 mil volts, seria disponibilizado a Área Industrial os volts necessários para uma energia estável. Parte desta solução precisa ter investimento dos empresários do local para ser uma solução definitiva.

Outra opção, menos viável de acordo com Martins, seria fazer colocar um alimentador na subestação de Canoinhas, inaugurada há cerca de um ano e meio, para Porto União chegando à Área Industrial. Todas as opções estão sendo estudadas e dentro de aproximadamente dois meses serão apresentadas, em nova visita, aos empresários do município.

Área Industrial de Porto União

Os empresários da Área Industrial de Porto União, há cerca de 30 anos, vem reivindicando melhorias no sistema elétrico. De acordo com o empresário Mohamed Abbas, inicialmente foi feito um pedido de transferência para o serviço de energia ser realizado pela Copel, mas não é possível por questões de desvio de recursos do Estado.

Abbas reivindicou as melhorias na subestação, um plantão permanente que atenda a Área Industrial para quando apagões ou problemas com a energia surgirem. “Precisamos de uma atenção especial, […] é de suma importância melhorar o sistema de geração, aumentar a potência da subestação e que tenha alguém para nos atender”, afirmou o empresário.  

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O secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Meio Ambiente, e coordenador da Defesa Civil de Porto União, Carlos Santos, informou que já está sendo buscada uma nova Área Industrial para implantação de novas empresas. “Mas para isso nós precisamos de infraestrutura, precisamos de rodovia, precisamos de energia elétrica e tudo mais aquilo que é de obrigação do Estado”, esclareceu.

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Casa do Empreendedor de Porto União

Na semana que vem será inaugurada a Casa do Empreendedor de Porto União. Ali funcionarão também os órgãos da Defesa Civil, Ouvidoria, Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável e Meio Ambiente, SINE, Junta Militar e o SEBRAE.

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