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Quem são os candidatos à Presidência da República nas eleições de 2022

A menos de três meses das eleições, o cenário da disputa pela Presidência da República começa a se consolidar, com a expectativa de que 12 nomes se coloquem como opção para assumir o Palácio do Planalto. Por enquanto, os três que mais pontuam nas pesquisas de intenção de voto são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT).

O período de convenções partidárias, quando as legendas lançam oficialmente os candidatos, começou em 20 de julho e termina em 5 de agosto. O primeiro turno das eleições está marcado para 2 de outubro, enquanto o segundo, se houver, será em 30 de outubro. Os partidos têm até 15 de agosto para registrar as candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Nos últimos meses, nomes que antes eram apontados como possíveis adversários na corrida presidencial desistiram de concorrer, como o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e o ex-juiz Sergio Moro (Podemos). 

Veja quem deve concorrer:

Ciro Gomes (PDT) – candidato

A candidatura de Ciro Gomes foi confirmada em convenção do partido em 20 de julho, mas há meses o pedetista se coloca como alternativa entre Lula e Bolsonaro. Ele figura em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.

Aos 64 anos de idade, o ex-ministro e ex-governador do Ceará tenta pela quarta vez assumir o Palácio do Planalto — ele se candidatou ao cargo em 1998, 2002 e 2018. No último pleito, quatro anos atrás, teve o apoio de 13,3 milhões de eleitores, 12,47% dos votos válidos, no primeiro turno.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – candidato

Com candidatura aprovada em convenção do partido em 21 de julho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a opção do Partido dos Trabalhadores para assumir o Palácio do Planalto a partir de 2023. O petista está em busca do terceiro mandato, depois de ter governado o país entre 2003 e 2011.

Dessa vez, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) integra a chapa de Lula, como vice. Aos 76 anos, o ex-presidente lidera nas pesquisas de intenções de voto desde que teve a candidatura autorizada, em março de 2021, depois de decisões da operação Lava Jato contra ele serem anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

André Janones (Avante) – pré-candidato

Aos 38 anos de idade, o deputado federal de primeiro mandato André Janones é desde janeiro o pré-candidato à Presidência da República pelo Avante, o mais jovem entre os indicados até agora. O lançamento da candidatura está marcado para 23 de julho.

O parlamentar mineiro ganhou notoriedade pela defesa da greve dos caminhoneiros, em 2018, e, mais recentemente, pelos posicionamentos em meio às discussões a respeito do auxílio emergencial na pandemia de covid-19.

Eymael (Democracia Cristã) – pré-candidato

José Maria Eymael tem 82 anos de idade e tenta pela sexta vez ser eleito presidente da República. Empresário e advogado, ele foi correligionário do ex-presidente Jair Quadros, eleito em 1960, e esteve ao lado de Ulysses Guimarães e Mário Covas em 1988 durante a Assembleia Nacional Constituinte.

Em 1998, disputou a presidência da República pela primeira vez, concorrendo com candidatos como os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que seria reeleito naquele ano. A candidatura deve ser oficializada em convenção marcada para 31 de julho.

Felipe D’Ávila (Novo) – pré-candidato

Empresário e cientista social, Luiz Felipe D´Avila, de 58 anos, vem de uma família com tradição na política: é irmão do deputado estadual Frederico d’Avila (PSL-SP) e primo da ex-deputada Manuela d’Ávila (PCdoB-RS). O Novo deve lançar a candidatura em 30 de julho.

O ex-tucano é fundador do Centro de Liderança Pública (CLP), organização sem fins lucrativos voltada à formação de novos quadros para a política e a administração pública. É conhecido por coordenar o programa do ex-governador Geraldo Alckmin na campanha presidencial de 2018.

Jair Bolsonaro (PL) – candidato

O presidente Jair Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Lula. O PL oficializou neste domingo (24) a candidatura do presidente à reeleição no pleito de outubro. Eleito pelo PSL em 2018, agora ele tenta renovar o mandato pelo PL, sigla à qual se filiou em novembro de 2021, em busca de mais recursos para a campanha e tempo de televisão.

Capitão reformado do Exército, Bolsonaro está há 34 anos na política. Em 1988, conseguiu o primeiro cargo público: vereador no Rio de Janeiro, pelo Partido Democrata Cristão (PDC). Assumiu pela primeira vez a cadeira de deputado federal em 1991 e, depois, foi reeleito mais seis vezes para o mesmo cargo. Em 2018, venceu a disputa para presidente, surfando na onda antipetista. A candidatura será confirmada em convenção do partido em 24 de julho. 

Leonardo Péricles (Unidade Popular) – pré-candidato

Candidato de um dos partidos mais jovens do país, o Unidade Popular, fundado em 2019, o técnico em eletrônica e mecânico de manutenção de máquinas mineiro Leonardo Péricles disputa sua primeira eleição presidencial. 

Nascido em 1981, Péricles se apresenta como um expoente da diversidade. Negro, concluiu o ensino médio em Belo Horizonte, em Minas Gerais, onde mora, e até pouco tempo atrás não cogitava uma carreira política. O lançamento da candidatura está marcado para 24 de julho. 

Luciano Bivar (União Brasil) – pré-candidato

Não é a primeira vez que o deputado pernambucano Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil (fusão do PSL e do DEM), se coloca como opção para a Presidência da República. Em 2006, ele participou da corrida presidencial pelo PSL e conseguiu 62 mil votos, 0,06% do eleitorado. 

Bivar foi indicado pelo União Brasil como pré-candidato em abril, mas cogitou abrir mão do posto se os partidos com os quais a sigla conversava — PSDB, Cidadania e MDB — decidissem por outro nome. Sem avanços nessas negociações, o União decidiu concorrer com uma chapa pura e manteve a pré-candidatura de Bivar. Ele deve ser confirmado em 5 de agosto.

Pablo Marçal (Pros) – pré-candidato

Sem ter ocupado um cargo eletivo até hoje, o empresário Pablo Marçal foi escolhido para representar o Pros na corrida eleitoral deste ano. É a primeira vez que o partido lança um candidato à Presidência da República. A candidatura deve ser oficializada em 30 de julho. 

Marçal ficou mais conhecido em janeiro de 2022 após levar cerca de 60 alunos em uma expedição em uma montanha, mesmo com condições meteorológicas desfavoráveis. O Corpo de Bombeiros precisou ser chamado para resgatar o grupo, que corria risco de morte e hipotermia.

Simone Tebet (MDB) – pré-candidata

Principal opção da chamada “terceira via” para a Presidência da República, a senadora Simone Tebet deve ter a candidatura oficializada em 27 de julho. Ela está na política desde 2002, quando foi eleita deputada estadual em Mato Grosso do Sul, com a maior votação feminina da história para a Assembleia Legislativa do estado. Em 2014, foi eleita senadora. 

Foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante do Senado, e disputou a presidência da Casa em 2021, sendo a primeira mulher a participar da eleição, mesmo contra a vontade de seu partido, o MDB. É membro da bancada feminina do Senado, já tendo ocupado o cargo de líder do grupo.

Sofia Manzano (PCB) – pré-candidata 

Sofia Manzano é a candidata do Partido Comunista Brasileiro à Presidência nas eleições 2022, após o partido não ter tido candidatura presidencial no pleito de 2018. Nas eleições de 2014, Manzano foi candidata a vice na chapa pura com Mauro Iasi (PCB). O partido deve oficializar a candidatura em 30 de julho. 

Formada em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Manzano é mestra em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP). 

Vera Lúcia (PSTU) – pré-candidata

Uma das fundadoras do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e presidente da legenda em Sergipe, Vera Lúcia Salgado é novamente a opção do partido para concorrer às eleições presidenciais em outubro. No pleito de 2018, conseguiu 55,7 mil votos, o equivalente a 0,05% do eleitorado.

O lançamento da candidatura está marcado para 31 de julho. Aos 55 anos, a socióloga, graduada pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), nunca teve um cargo público, mas disputou alguns: além de ter sido candidata à Presidência, em 2018, tentou a prefeitura de Aracaju (2004, 2008, 2012 e 2016), o governo de Sergipe (2010), uma cadeira na Câmara dos Deputados (2006 e 2014) e a prefeitura de São Paulo (2020).

**Exame

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