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Santa Catarina segue livre do Mofo Azul e assegura exportação de tabaco para a China

Foto: Ascom/Cidasc

Profissionais do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), encerraram o levantamento para detecção da ocorrência do Mofo Azul, safra 2022/2023, em Santa Catarina, seguindo os procedimentos definidos pela Instrução Normativa n.º 03, de 28 de fevereiro de 2012, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e pela Instrução de Serviço n.º 06/2022 – do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, da Cidasc.

O Brasil é o segundo maior produtor e maior exportador de tabaco do mundo. Um dos principais clientes de tabaco é a República Popular da China. Segundo o acordo bilateral entre a República Federativa do Brasil e República Popular da China, todo o tabaco exportado deve estar livre do fungo Peronospora tabacina Adam, agente causal do “Mofo Azul”.

As empresas que desejarem exportar tabaco para a China devem obedecer aos procedimentos estabelecidos na Instrução Normativa n.º 03, de 28 de fevereiro de 2012, onde o comércio está condicionado à ausência da praga, já que o país importador é livre da doença. 

O Mofo Azul do tabaco é causado pelo fungo Peronospora tabacina, sendo considerada a principal praga da fumicultura, possuindo status de quarentenária para diversos países. Sua importância tem sido maior nas regiões onde a cultura é realizada em condições de alta umidade e temperatura relativamente baixa. Os sintomas podem aparecer em plantas de qualquer idade, mas é no canteiro de produção de mudas onde o problema é mais grave, devido à rápida destruição das plantas em fase inicial de crescimento.

Conforme o engenheiro agrônomo Diogo Antônio Deoti, a seleção das propriedades foi realizada de forma aleatória por diversos mecanismos de sorteio, não havendo regra específica de seleção a ser seguida, sendo que cada microrregião deverá inspecionar no mínimo 10% das propriedades monitoradas nas empresas fumageiras. “Vale destacar que os profissionais da Cidasc fiscalizaram em torno de 20% das propriedades monitoradas pelas fumageiras, objetivando que as fiscalizações no decorrer da safra, fossem a partir de 45 dias após o transplante”, enaltece Deoti.

“Vale acrescentar que nestas fiscalizações, os profissionais da Cidasc tinham como objetivo auditar as ações das fumageiras, a fim de verificar o cumprimento da IN n.º 03/2012, do Mapa, e realizar inspeções em áreas de plantio, estufas e galpões das propriedades. Durante o trabalho de levantamento executado pelos técnicos da companhia, não foram encontrados sintomas semelhantes ao Mofo Azul”, endossa o engenheiro-agrônomo Diogo Antônio Deoti.

A China está entre os principais parceiros comerciais de Santa Catarina e a manutenção do status de área livre do Mofo Azul faz com que o desempenho positivo do comércio exterior catarinense siga crescendo e tornando o Estado de Santa Catarina cada vez mais competitivo e com produtos com diferencial sanitário e valor agregado.