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Saúde confirma fim do surto de sarampo em Santa Catarina

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Arquivo / Secom

Após 21 semanas sem registros de novos casos de sarampo, a Secretaria de Estado da Saúde confirma o fim do surto da doença no estado, que começou em julho de 2019. De acordo com o último boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), durante o período de surto ativo de sarampo foram confirmados em Santa Catarina 411 casos da doença. O último no mês de abril.

Confira aqui o boletim do encerramento do surto

Segundo protocolo da Organização Pan-Americana da Saúde são necessárias, ao menos, 12 semanas consecutivas sem registros de novos casos para que um o surto da doença seja considerado encerrado. A Dive aguardava o resultado de alguns exames para confirmar o fim da transmissão do vírus no estado. “Ainda tínhamos exames em análise, por isso decidimos esperar um pouco mais para ter certeza do encerramento do surto”, esclarece a enfermeira responsável pela vigilância da doença no estado Alda Maria Rodolfo da Silva.

Do total de casos confirmados desde o início do surto, 301 foram no ano de 2019 e 110 em 2020. Não houve registro de óbitos. A faixa etária mais atingida foi a de adultos jovens com idade entre 20 a 29 anos, 45% dos casos, seguido da faixa etária de 15 a 19 anos (28%). Dos 295 municípios catarinenses, 43 registraram casos.

A Secretaria da Saúde atribui o fim do surto do sarampo no estado ao trabalho das equipes em vigilância em saúde de toda a rede estadual, municipal, equipes de vacinação, equipes de laboratório e também a grande participação da população que aderiu a vacinação do sarampo. No entanto, o trabalho continua. Equipes de vigilância permanecem em alerta em todos os municípios com o intuito de detectar possíveis novos casos suspeitos.

População ainda precisa se vacinar

A única forma de evitar o sarampo é com a vacinação. Por esse motivo, mesmo com o fim do surto da doença no estado, é muito importante que crianças, jovens e adultos mantenham a carteira de vacinação atualizada. “Aqui em Santa Catarina estamos sem casos, neste momento, mas a doença permanece em surto ativo em outros estados do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná. Então, principalmente agora, que as pessoas estão voltando a transitar entre os estados, a viajar, é importante redobrar os cuidados para que os casos não voltem a aparecer.”, ressalta a enfermeira Alda Maria Rodolfo da Silva.

A vacina tríplice viral que previne contra sarampo, caxumba e rubéola é recomendada para toda a população com idade entre 6 meses e 59 anos. A aplicação da vacina é indicada aos 12 meses de vida, com reforço da tetra viral que protege contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora) aos 15 meses.

Quem não lembra, não sabe se tomou ou não tem mais a carteira de vacinação, deve procurar um posto de saúde. Pessoas com idade entre 12 meses e 29 anos devem ter tomado duas doses ao longo da vida; pessoas com 30 a 59 anos, uma dose. Para crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias é recomendada a dose zero até que se encerre o surto da doença em todos os estados do país. As doses estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde de todo o estado.

Histórico

Em Santa Catarina, a circulação do vírus do sarampo havia sido interrompida em 2000. Desde então, registraram-se casos esporádicos e importados em 2001 (1 caso), 2003 (2 casos) 2005 (4 casos) e, em 2013 (1 caso), todos relacionados com histórico de viagens internacionais identificados com genótipo D8, que circula no continente europeu. Os últimos óbitos no estado foram registrados em 1992.

Sarampo

O sarampo é uma doença viral que pode causar complicações à saúde e, em casos mais graves, levar à morte. A doença é extremamente contagiosa, sendo que uma única pessoa pode transmitir o vírus para uma média de 12 a 18 pessoas que nunca foram expostas ao vírus anteriormente ou que não tenham se vacinado.

O vírus se espalha facilmente pelo ar através da respiração, tosse ou espirros. Os principais sintomas do sarampo são: febre, tosse, coriza, aparecimento de manchas. Pessoas que apresentam esses sintomas devem procurar o serviço de saúde com a máxima urgência.

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