
Nessa quarta-feira, 29, o Secretário de Finanças de União da Vitória, Odelir Dileto Cachoeira, esteve no Jornal Colmeia que vai ao ar todos os dias ás 12h30, para falar sobre a saúde financeira do município após assumir a pasta nessa nova gestão com o Prefeito Ary Carneiro Júnior.
Cachoeira colocou que há um desafio tendo em vista a capacidade que o município se encontra. Alguns recursos disponíveis estão vinculados a projetos e estão comprometidos. Para 2025 há a estimativa de um orçamento de aproximadamente R$259 milhões.
Em dezembro do ano passado, quando o processo de troca da prefeitura iniciou, a administração tinha disponível recursos de aproximadamente R$980 milhões, sem contar os descontos de final de ano.
Havia a expectativa de que haveria R$26 milhões de recursos disponíveis por mês. Porém esse valor está comprometido com recursos vinculados e dívidas comprometidas, como a revitalização da AV. Paula Freitas, escolas, asfalto, etc.
Para 2025 de acordo com o secretária há o recurso de R$20 milhões por mês, respeitando então alguns percentuais obrigatórios como a fatia da educação (25%), saúde (15%) e também o repasse da Câmara de Vereadores (5%).
Dos R$259 milhões, tirando esses percentuais fica o valor de R$147 milhões. Dividindo esse valor por 12 meses são R$12 milhões disponíveis por mês.
O custo fixo do município está na ordem de R$12 milhões por mês apenas com contas fixas de manutenção operacional, secretaria, luz, água, etc. Logo não há tanto recurso sobrando para investir em projetos novos.
Outro exemplo que Cachoeira dá é sobre a questão do aporte para do fundo de previdência que todo ano é recalculado. No ano passado ficou em R$32 milhões e foi repassado apenas o valor de R$24 milhões. O restante de R$8 milhões ficou como compromisso para esse ano nessa nova gestão.
“Estimasse (para este ano) R$36 milhões. Tenho R$8 milhões que ficou do ano passado e tenho mais R$32 milhões nesse ano”, reforçou o secretário.
Para agravar a situação a Uniuv também precisa fazer o aporte para o fundo de previdência e no exercício anterior, dada as dificuldades financeiras, deixou de pagar R$4 milhões.
“Começa a somar esses valores eles são compromissos muito expressivos”, afirmou.
Com toda a situação o secretário coloca ainda que a recuperação financeira total da administração vai levar muitos anos. “É um pontapé inicial, alguém vai ter que começar isso, e que isso vai demorar, 20, 30, não sei quantos anos ainda dentro de uma projeção que a gente estima”, finalizou
Cachoeira reforça ainda que toda essa situação não impedirá o município de desenvolver novas atividades e projetos.
Você pode acompanhar a entrevista completa no áudio abaixo.