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Técnicos da Embrapa e da CPRM conhecem os resultados do pó de basalto

 

Foto: Divulgação

Porto União recebeu na sexta-feira, 13, a visita de técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).  O motivo da vinda deles ao município foi o de conhecer um pouco mais sobre o trabalho desenvolvido com o pó de basalto junto a agricultura.

O encontro aconteceu na propriedade do professor e biólogo Bernardo Knapik, em Antonio Candido, interior de Porto União, e contou com a presença do prefeito Anízio de Souza, secretário de Agricultura Roberto Bonfleur, técnicos da Epagri e agricultores. Knapik trabalha com a técnica do pó de basalto como remineralizador de solo, sendo ele pioneiro nesse método na região sul do Brasil.

Bernardo busca o reconhecimento das instituições de pesquisa sobre o uso do pó de basalto na agricultura. “A visita deles já é um reconhecimento ao nosso trabalho. Estivemos participando da 2ª edição do Congresso Brasileiro de Rochagem, em Poços de Caldas, e ali eles já começaram a entender que na verdade estamos na frente em todo o Brasil com o nosso trabalho”, explica o professor.

Knapik tem em sua propriedade o moinho de bolas, nesse espaço é produzido o pó de basalto. A rocha (basalto) é retirada das pedreiras do Jangada (Porto União) e da Luzia (Paula Freitas), é colocada em uma máquina, criada pela própria família Knapik, e por um processo de atrito com outras pedras resulta no pó de pedra. O basalto tem alto teor de potássio e fósforo, essenciais para o crescimento e desenvolvimento da planta. Porém ao realizar a aplicabilidade do produto o professor diz que a orientação é necessária par se obter um bom resultado. “Só neste ano, até o mês de setembro, já temos uma produção que chega a duas mil toneladas, vendidas”, afirma Bernardo. “Algumas organizações da fumicultura, já utilizam o pó de basalto para a sua produção orgânica e tem obtidos bons resultados”, diz.

Carlos Augusto Silveira, engenheiro Agrônomo da Embrapa, explica que como o trabalho deles é desenvolvido por meio de pesquisas a visita a Porto União foi para conhecer de perto como o pó de basalto funciona na agricultura. “A troca de experiências entre produtores e técnicos acontece para disseminar os bons resultados que esse grupo vem obtendo”, afirma.

Já a geóloga da CPRM, Magda Bergmann, explica que essa é uma alternativa para que as rochas sejam melhores aproveitadas. “O geólogo tem como papel, além de outros, caracterizar as rochas e verificar como elas podem favorecer o uso na agricultura, por isso estamos buscando esse entendimento”, explica. “O Brasil importa hoje mais de 70% dos insumos para a agricultura, então essa é uma das necessidades de estudarmos o uso do pó basalto”.

Para o prefeito Anízio de Souza o trabalho do professor Bernardo tem tido resultados efetivos e mostrar isso para técnicos é muito importante para buscar o crescimento desse trabalho. “Precisamos aumentar o consumo desse tipo de mineral na agricultura, pois assim poderemos ter alimentos ainda mais saudáveis”, diz Souza.