O Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Iguaçu (Cisvali) administra, em parceria com a 6ª Regional de Saúde de União da Vitória, a Unidade de Coleta e Transfusão (UCT) – Banco de Sangue. O serviço é coordenado pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (HEMEPAR) e segue um ciclo de critérios técnicos e protocolos do Ministério da Saúde até chegar à pessoa que necessita de transfusão. Nesta sexta-feira, 3, os servidores da unidade passaram por oficina de capacitação visando qualificação dos serviços prestados. A atividade terá novas abordagens, ao longo das próximas semanas.
A enfermeira da UCT, Daiane Rodrigues, organizou as atividades com foco ao entendimento de todo o processo desde a captação dos doadores até a transfusão do sangue. O processo tem início com a recepção da pessoa que se dispõe em doar. Na sequência, após realizar o cadastro, são feitos os procedimentos de avaliação inicial, consulta médica e testes de anemia, para posterior encaminhamento à doação, com acompanhamento médico e de enfermagem. Após doar, o cidadão recebe lanche e hidratação e pode retirar carteirinha, com resultados, após trinta dias.
Essa é, apenas, a primeira parte do processo que segue com os exames no sangue coletado. O doador informa dados pessoais, durante a triagem, mantidos sobre sigilo. Essas informações, somadas aos testes, buscam eliminar quaisquer tipos de contaminação na posterior transfusão. Também servem para subsidiar os testes laboratoriais que confirmam se o sangue possui as condições técnicas, conforme as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
Caso a amostra de sangue apresente resultado positivo, frente a alguma contaminação, o doador é convidado a refazer os testes. Contudo, a bolsa de sangue coletada precisa ser descartada. Os novos exames permitem comprovar ou descartar a hipótese. Em caso de nova confirmação o doador é encaminhado para tratamento. “Todos os procedimentos são realizados para evitar qualquer tipo de problema na transfusão”, explica Daiane.
No caso da UCT, o trabalho não se encerra quando efetivada a transfusão. Todo o processo tem, apesar de remotos, riscos de contaminação com algum tipo de doença para quem está recebendo a bolsa de sangue. “Mesmo com todos os procedimentos técnicos e atendimento aos protocolos do Ministério da Saúde, algum tipo de material pode transpor essas barreiras de segurança”, informou a enfermeira. Disso a importância de que cada doador seja sincero no preenchimento de cadastro e triagem antes de doar sangue.