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União da Vitória 123 anos de desenvolvimento

 

Foto: Equipe de reportagem

 

O dia 27 de março de 2013 marca a nova idade de União da Vitória, 123 anos.  União da Vitória, nos abriga tão gentil, conta o hino da cidade. Cidade de riquezas naturais e culturais é recheada de atrações, não só para os turistas, mas principalmente para seus moradores.

A tradição gaúcha é sempre foco de atenção durante a Festa Nacional da Costela. Durante a Festa Nacional do Xixo e Steinhaeger, a cultura alemã é exaltada.

No setor cultural União da Vitória mantém suas memórias por meio de seus casarões, seus grupos de danças folclóricos e seu artesanato.

Como diria a música, nossa cidade aniversariante é “abençoada por Deus e bonita por natureza, mas que beleza”. A Rota das Cachoeiras encanta a todos. O grande número de cachoeiras e a sua magnitude tiram o fôlego daqueles que a observam.

União da Vitória é a cidade dos avós, dos pais, dos netos e dos filhos. A mistura cultural ocorrida na época da imigração, só fez enriquecer a cultura do município.

União da Vitória também é a cidade dos monumentos. Homenagens em forma de esculturas, em pedra ou madeira, não faltam por aqui.

Há anos, União vem abrigando seus munícipes e turistas de forma tão gentil, que não há como não criar laços afetivos com a cidade.

Hoje, aos seus 123 anos, desejamos felicidades, para cada vez mais fazer feliz o seu povo.

 

Histórico

 

No ano de 1726 ocorreram as primeiras expedições na região, porem não estabeleceram nenhum núcleo de povoamento. Nessa época os índios botocudos e caingangues habitavam densamente esta área. Com a descoberta dos Campos de Palmas, e a ocupação dos mesmos, surgiu a necessidade de encurtamento do caminho entre Palmas e Palmeira, para onde seriam conduzidas as tropas de gado.Em decorrência desta necessidade, Pedro Siqueira Cortes, em 12 de abril de 1842, descobriu o vau que permitia a passagem de tropas que igualmente, servia como ponto de embarque e desembarque aos que utilizavam-se do transito fluvial.

Surgiu então o local denominado de Porto União, alterado em 1855 para Porto União da Vitória, e em 1877 para Freguesia de União da Vitória.

PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS

1880 – Proveniente de Palmas, o Coronel Amazonas de Araújo Marcondes fixa-se na Freguesia, como comerciante e entusiasta do desenvolvimento, começa a implementar inovações, tais como a navegação a vapor e o fomento à imigração.

1881 – Inicia-se a colonização com a vinda de cerca de 24 famílias de imigrantes.

1882 – Começa a navegação pelo rio Iguaçu com o vapor “O Cruzeiro”, de propriedade do Coronel Amazonas.

1884 – O Coronel Amazonas transporta em seu vapor a primeira caldeira para a montagem da primeira serraria.

1890 – Assinado o Decreto 54, do dia 27 de março, criando-se a Intendência Municipal de União da Vitória, desmembrado-a do município de Palmas.

1896 – Passa pela cidade o Profeta João Maria.

1907 – Inaugurada a ponte metálica definitiva da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande, sobre o rio Iguaçu.

1912 a 1916 – Guerra do Contestado.

1917 – Com o Tratado de Limites ocorre o desmembramento da cidade, uma passou a chamar-se Porto União e a pertencer ao estado de Santa Catarina, e a outra União da Vitória, que continuou a pertencer ao Paraná

1990 – Centenário de Emancipação Política de União da Vitória.

FORMAÇÃO ÉTNICA

Os primeiros ocupantes desta região foram os índios, pertencentes às tribos dos Botocudos e Caingangues, sendo que o inicio dos fluxos imigratórios se deu com a vinda das famílias alemãs que começaram a colonização de União da Vitória, seguidas pelos poloneses, ucranianos, italianos e sírio-libaneses.

Principais etnias que formaram e identidade do povo de União da Vitória:

Alemães
Em 1881, por iniciativa do Cel. Amazonas, chegaram as margens do rio Iguaçu, 24 famílias de alemães provenientes de São Francisco do Sul – SC. Apesar de encontrarem adversidades para estabelecer –se no local pelas dificuldades de acesso, comunicação, abastecimento e ao solo de difícil manejo, formaram na região um núcleo de colonização.

Novas levas de imigrantes alemães continuaram a chagar à região nos anos e décadas seguintes, provenientes da Europa ou de outros núcleos de imigração do sul do Brasil, participando do desenvolvimento sócio-econômico da cidade, desbravando a localidade como um todo, com novas técnicas agrícolas e industriais, fundaram escolas, clubes e comunidade luterana e mantiveram através dos anos seus costumes culturais e religiosos.

Italianos
Retomaram ao ano de 1882 os primeiros vestígios da imigração italiana em União da Vitória, onde tem-se informações que atuaram na navegação e na agricultura. Em 1897instalaram-se na fazenda Vila Zulmira cerca de 9 famílias de italianos; outras continuaram a chegar à região. Deixaram importantes realizações.

Ucranianos
Os primeiros imigrantes procedentes principalmente das províncias ucranianas da Galícia e Bucovina, fixaram-se na região por volta de 1892, estabelecendo-se nas Colônias General Carneiro, já em 1896 um contingente maior espalhou-se por toda extensão do médio Iguaçu, principalmente em Mallet e Cruz Machado, Jangada, Legru e Nova Galícia. Estes imigrantes eram, em sua maioria, lavradores, e dedicaram-se ao mesmo ofício nas terras colonizadas. Outros ciclos imigratórios expressivos seguiram-se às 1º e 2º Guerras Mundiais.

Seus costumes e tradições são preservados com tanta intensidade que tornaram-se símbolo desta etnia. Suas festas, folclore, gastronomia e a religião ortodoxa são mantidos de geração a geração.

Poloneses
Dois grandes contingentes de imigração polonesa instalaram-se na região, de 1890 a 1896 e de 1907 a 1914; fixaram-se principalmente na área rural e dedicaram-se ao cultivo da terra e, como lavradores, contribuíram para o engrandecimento da região. Cabe a eles a introdução do uso da carroça no Brasil.

CICLOS ECONÔMICOS

O primeiro ciclo econômico deu-se através do Tropeirismo, que foi a mola impulsionadora do desenvolvimento da região; para complementar esta atividade surgiu a Navegação pelo Rio Iguaçu que facilitou o deslocamento de pessoas, mercadorias e do gado.

O transporte por canoas tornou-se um rentável atividade, já que agilizava e tornava mais econômico o deslocamento de produtos essenciais para o entreposto de Palmas. Com a navegação surgiu um rico comércio, pois as canoas levavam para o interior sal, querosene, alimentos, tecidos, etc., e traziam de volta erva-mate, couros e gêneros alimentícios de Palmas e de Guarapuava.

Com o advento da Navegação a Vapor, a economia tomou um novo impulso, pois aumentou a capacidade reduzida de canoas, transpondo com maior rapidez e conforto o trajeto entre Porto Amazonas e União da Vitória. Os “vapores” forma os grandes responsáveis pelo incremento da colonização e desenvolvimento econômico do Vale do Iguaçu. Outro importante ciclo foi o da Erva-mate, que trouxe desenvolvimento para o Vale do Iguaçu como um todo; a região teve um importante papel no transporte e na confecção de cestos, cangalhas e barricas para o acondicionamento do produto.

Porém a atividade econômica que mais gerou renda foi a extração de madeira, que teve impulso com construção da estrada de ferro, o que propiciou a instalação de diversas serrarias.

A exuberante mata nativa, composta de espécies nobres e de alto valor econômico, como o pinheiro araucária, a imbuía e a canela, foi extraída em grande quantidade dada a farta mão de obra e a facilidade de transporte, fatores decisivos para região tornar-se um importante exportador de madeira.

 

 

 

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