Autistas de União da Vitória vão contar agora com uma carteirinha de identificação. O documento, garante atendimento preferencial, foi lançada na tarde desta quarta-feira, 12 de fevereiro, pela Prefeitura no Serviço Social do Comércio (Sesc) Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A ação faz parte do Programa Municipal de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno Autismo – TEA.
A carteirinha reforça o atendimento prioritário da comunidade autista em serviços públicos e privados, mas principalmente nas áreas de saúde, educação e assistência social. “O autismo não tem características, não é uma síndrome aparente. Se uma criança está em crise, está agitada, muitas vezes é encarado como birra. Por isso, a carteirinha traz para nós uma luz. O primeiro passo para as grandes conquistas que teremos para nossos autistas”, afirma Siane Pereira, mãe de uma criança autista.
O cadastramento para confecção das carteirinhas será feito a partir desta quinta-feira, 13, na Secretaria de Assistência Social. “Entregamos para as mães os documentos necessários para a confecção da carteirinha. A partir de manhã, as equipes estarão preparadas para recebe-las. Estamos muito felizes com a evolução do projeto e estamos empenhados para avançar ainda mais”, afirma a secretária de Assistência Social, Ana Claudia Roveda.
No fim do ano passado, foi aprovada na Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito Hilton Santin Roveda a Lei de 4865/2019, que institui o Programa Municipal de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno Autismo – TEA. “A lei representa uma grande conquista para essas mães, pais e familiares das pessoas com transtorno de espectro autista, visto que as políticas públicas precisam discutir esse assunto. Com a lei, eles terão a carteirinha que proporcionará prioridades e lutaremos também para oferecer as terapias que eles tanto necessitam”, explica o vereador autor do projeto, Diego dos Santos.
Para o prefeito, esses são os primeiros passos para um longo caminho que será percorrido para causa Autista. “Esse é o primeiro grande passo para falarmos mais sobre o assunto. O assunto é muito peculiar e sabemos que demanda de cuidados específicos na saúde, na educação, na assistência social. Com certeza, vamos evoluir muito nesse sentido”, ressalta Santin Roveda.