Tramita na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) o Projeto de Lei (PL) 2/2021, que inclui os trabalhadores da educação como grupo prioritário do Plano Estadual de Vacinação contra a COVID-19, antes do início das aulas presenciais em todo o território do Estado. O PL foi lido na primeira sessão da Câmara e aguarda aprovação de três comissões para ir à votação em Plenária.
Em entrevista exclusiva ao Jornal Colmeia, na tarde de quinta-feira, 04, a deputada estadual Luciane Carminatti (PT) uma das autoras do projeto, explicou um pouco mais sobre o tema. Professora e presidente da Comissão de Educação, ela ressalta que os professores já são considerados público prioritário no Plano Nacional de Imunização, e cobra agilidade na tramitação por acreditar que a quarta fase da campanha é muito tardia.
“Se a gente não fizer isso, quarta fase para vacinar os professores e trabalhadores em educação, ela vai ser final do ano. Ela vai ser quando? Porque o ritmo está muito demorado em Santa Catarina. Para ter uma ideia, nós não vacinamos ainda nem 1% da população catarinense”, reforça.
Um exemplo dado pela deputada é que a maioria dos trabalhadores tem em seu círculo de convivência pessoas do grupo de risco, como parentes idosos, assim como as crianças, que mesmo não apresentando sintomas, são vetores de transmissão e podem estar contaminando seus familiares.
De acordo com Luciane, se todas as escolas públicas e privadas retornarem de forma presencial, será movimentado, somente pela educação, 16% do total da população catarinense. “A vacinação não é só eficaz e necessária para garantir a segurança aos trabalhadores da educação, ela é fundamental para todos”, defende a parlamentar.
O projeto foi protocolado pela bancada do PT em 20 de janeiro deste ano, ainda durante o recesso parlamentar. Ele já foi lido no expediente da primeira sessão ordinária da Assembleia, no dia 03, no entanto, precisa da aprovação de três comissões para ir à votação no Plenário. “O prazo é uma decisão política”, afirma a deputada.
Para Luciane a questão não é negar a vacina para um grupo ou outro, e sim trazer imunização para todos. “Se a gente não fizer esse movimento de trazer vacina para os trabalhadores da educação e acelerar para que toda a população tenha vacinação, nós vamos ficar vendo cada dia um setor da economia quebrar e nós vamos ficar a cada dia vendo o debate do retorno às aulas não avançar. Eu quero escola aberta, mas antes de ter escola aberta, se eu tivesse que optar, eu diria: eu quero vida, eu quero criança viva, eu quero pai, mãe e professor, trabalhador da educação vivo”, finaliza a deputada.
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