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Geadas preocupam produtores de milho, mas podem ajudar aclimatação do trigo


1 de julho de 2021

Foto: Jaelson Lucas / AEN

As condições climáticas favoráveis à formação de geada trouxeram prejuízo para alguns produtores, como os de milho, mas podem não atrapalhar os planos dos triticultores. As primeiras análises após as baixas temperaturas da semana são um dos assuntos do Boletim de Conjuntura Agropecuária elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.

O frio que atingiu o Paraná nesta semana provocou a formação de geadas de intensidade forte, sobretudo na metade Sul. Com isso, há possibilidades de se verificar maiores perdas nas lavouras de milho. No entanto, ainda é precipitado quantificar o volume que será de fato impactado. O relatório de estimativa de safra, a ser divulgado no final deste mês, deve apresentar um panorama mais real.

A segunda safra de milho no território paranaense tem em torno de 1,8 milhão de hectares potencialmente suscetíveis a serem impactados pelas geadas. Essa estimativa de extensão é feita em razão dos diferentes estágios de maturação das lavouras. Historicamente, as regiões Sul, Centro e Oeste são as que têm mais perdas. No Norte do Estado, onde está a maior área da plantação de milho, a ocorrência de perdas devido a esse fenômeno não é comum.

O plantio de trigo continua em bom ritmo no Paraná, chegando a 95% da área prevista. No entanto, o atraso no começo da implantação da cultura faz com que apenas 1% das lavouras esteja na fase da floração. As geadas ocorridas esta semana são preocupantes para esse porcentual.

Se forem verificados prejuízos, eles devem se concentrar no Centro-Oeste paranaense, com possíveis danos pontuais no Oeste, Sudoeste e Norte. Para as lavouras localizadas no Sul e Centro-Sul, onde o plantio sequer foi concluído, o fenômeno natural das geadas é positivo neste momento, pois favorece a aclimatação da cultura.

FEIJÃO E SOJA – O ciclo do feijão está praticamente encerrado no Paraná, com a colheita de 99% das lavouras. Mas os produtores têm como certo que haverá perda em relação ao previsto incialmente, em razão da estiagem em períodos fundamentais. Por enquanto, a estimativa é de 231 toneladas (46%) a menos que a produção inicialmente prevista.

Sobre a soja, o boletim do Deral destaca que os preços do complexo soja para os produtores continuam superiores aos verificados no mesmo período de 2020. Para o consumidor final, um dos produtos mais impactados foi o óleo refinado de soja. Em junho do ano passado, no atacado, a embalagem de 900 ml era comercializada, em média, por R$ 3,52. Agora, subiu 95% e é comprada por R$ 6,87.

FLORES E OLERICULTURA – O documento cita que, neste primeiro semestre, o Mercado de Flores da Ceasa do Paraná comercializou 537,8 toneladas de flores com movimentação de R$ 4,5 milhões. Comparado com o ano passado, o aumento é de 100,7% em quantidade e 51,8% em valores. As rosas de corte lideram.

Na olericultura, o registro é da colheita de 76% da área de tomate de segunda safra. A área estimada é de 1.358 hectares com previsão de 83,7 mil toneladas, ou 4% a mais que na safra passada. O preço médio pago aos produtores pela caixa de 23 quilos é de R$ 48,13, um aumento de 14% em relação à semana anterior.

OUTROS PRODUTOS – O boletim também traz informações sobre a evolução do preço do litro de leite recebido pelos produtores paranaenses, que tem se elevado. O mesmo ocorre no mercado varejista. Sobre os ovos, a análise se estende sobre a produção e as exportações que, neste ano, já alcançaram alta de 143,4%.

O documento fala ainda do favorecimento que as chuvas proporcionaram aos produtores de mandioca, que puderam acelerar para 40% o trabalho de colheita, além de iniciarem o plantio da nova safra. Com mais oferta de produtos, as indústrias de fécula e farinha retomaram as atividades, o que resulta em queda nos preços em todos os segmentos da comercialização.

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