A realidade virtual também permitiria os usuários de acessarem experiências passadas, podendo rebobiná-las, dar zoom e examinar detalhadamente as cenas capturadas no dia a dia
Quem nunca soltou um “isso é muito Black Mirror!”, ao se deparar com um alguma tecnologia incrivelmente pertubadora do mundo real? Estão querendo lançar um aplicativo que permitirá com que as pessoas gravem, armazenem e visualizem as próprias memórias.
Caso tenha soado “muito Black Mirror” é por que a tecnologia é bastante semelhante a uma dos primeiros episódios da série do Reino Unido. Intitulado ‘The entire history o fyou’ (A história completa de você), o episódio foi o terceiro da primeira temporada e nos apresenta um futuro em que as pessoas utilizam o “Grão”, um chip que funciona como um HD implantado no cérebro, permitindo que o usuário grave qualquer acão, podendo assistí-la novamente com uma lente de contato muito estranha.
Na vida real, a nossa tecnologia se chama Vivid e possui algumas diferenças do dispositivo apresentado na ficção, embora também levanta a hipótese de “reviver” alguns momentos do passado da nossa vida, combinando realidade virtual e smartphones de última geração.
Como o Vivid funciona?
A Wist Labs está desenvolvendo um aplicativo para smartphone que irá permitir que os usuários gravem suas experiências e façam upload delas em um headset de realidade virtual. A ideia é que a tecnologia capture informações 3D a partir das filmagens, podendo transformá-las em uma incrível esperiência tridimensional possível de interação.
Atualmente o Vivi está em sua fase beta e disponível apenas para iOS. Ele está sendo desenvolvido para ser compatível com óculos de realidade virtual da Quest, que permite os usuários de convidarem outras pessoas a participarem de suas experiências.
Bem semelhante ao episódio de Black Mirror, a realidade virtual também permitiria os usuários de acessarem experiências passadas, podendo rebobiná-las, dar zoom e examinar detalhadamente as cenas capturadas no dia a dia.
A diferença entre a vida real e a série ficcional é que as imagens precisariam de um smartphone com sensores e software compatíveis com 3D. Para que a memória possa ser revivida, as pessoas precisariam gravar as experiências com o app da Vivid, que seria capaz de transformar filmagens em 2D em um mundo 3D – uma realidade menos prática do que as lentes utilizadas pelos personagens da série.
De acordo com Andrew McHugh, fundador da Wist, o aplicativo seria capaz de salvar as cores, profundidade, posição do dispositivo, áudio e outras informações da cena. A captura da profundidade seria possível através do sensor LiDAR, utilizados nos modelos Pro de iPhones e iPads.
O aplicativo também está em fase de testes, por isso os vídeos podem apresentar algumas distorções e sem a posição da cena. A Wist tem como meta melhorar a performance do app antes de seu lançamento, previsto para acontecer este ano.
**Via Portal O Hoje