O caso pode ser considerado um dos maiores erros da justiça australiana.
Kathleen Folbigg, apelidada pela mídia de “a pior assassina em série da Austrália”, foi acusada de matar seus 4 filhos pequenos por sufocamento entre 1989 e 1999. No entanto, ela foi perdoada pela justiça após a descoberta científica que mostrou sua inocência.
Foi descoberto que os filhos da australiana possuíam uma mutação genética chamada CALM2 G114R, que pode causar morte súbita por parada cardíaca, além de outra que causa epilepsia de início súbito.
Condenada em 2003 a 25 anos de prisão pelos homicídios dolosos de três das crianças e pelo homicídio culposo de seu primeiro filho, Caleb, o caso pode ser considerado um dos maiores erros da justiça australiana.
Kathleen sempre defendeu sua inocência, mas foi julgada com base em provas circunstanciais. Um diário que ela escrevia na época, onde afirmou estar sofrendo pela morte das crianças e que “a culpa pelas mortes a assombrava”, foi entregue pelo ex-marido à justiça como prova.
Na época, os promotores alegaram que as crianças foram sufocadas pela mãe, mesmo não havendo evidências físicas de sufocamento ou ferimentos nelas.
Após as descobertas genéticas, o promotor geral do estado de Nova Gales do Sul afirmou que havia dúvidas razoáveis sobre a culpa de Folbigg. Como resultado, o governador assinou o perdão total e ordenou sua liberação imediata.
No entanto, isso ainda não anula as acusações sofridas por Kathleen, que devem ser levadas à corte do Tribunal de Apelações Criminais, um processo que pode levar cerca de um ano. Se a anulação for obtida, Kathleen poderá processar o governo australiano em busca de uma indenização multimilionária.
**Via O Hoje