O ano de 2023 foi um marco no combate à corrupção em Santa Catarina. A Polícia Civil intensificou ações em todo o estado a fim de combater a prática desse grave crime que tanto prejudica a sociedade. No Dia Internacional contra a Corrupção, 09 de dezembro, a Coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção (CECOR), da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC), divulgou o balanço das ações realizadas ao longo deste ano.
De acordo com o coordenador da CECOR, delegado Gustavo Muniz, foram realizadas 23 operações policiais, abrangendo 28 municípios catarinenses. O número de prisões aumentou em 163% em comparação ao ano de 2022, com 21 prisões realizadas nos 11 primeiros meses do ano. Cinco agentes públicos foram afastados dos cargos. “As pessoas nem sabem que estes crimes estão sendo cometidos contra elas. O crime de corrupção, por sua natureza, acaba sendo um dos crimes mais velados que existem. O prejuízo ao patrimônio público, muitas vezes, só é descoberto anos depois, o que gera uma investigação extremamente complexa e trabalhosa”, explicou o delegado.
Dados da CECOR/DEIC apontam ainda o cumprimento de 172 mandados de busca e apreensão, 115 pessoas indiciadas, sete veículos e dois imóveis sequestrados e 778 medidas cautelares cumpridas. “Também apreendemos mais de R$ 6,6 milhões em ativos”, destacou.
O delegado Gustavo Muniz disse ainda que o trabalho dos policiais civis da CECOR/DEIC é desvelar crimes que sequer são noticiados. “Não há boletim de ocorrência, raramente a gente tem um registro de suspeita de corrupção. Mas, por exemplo, uma denúncia, muitas vezes anônima, pode ser o ponto de
partida que acaba desvelando um grande esquema criminoso”.
A CECOR atua em várias vertentes, não só em busca da materialidade dos crimes de corrupção, mas, sim, visando acabar com ação de organizações criminosas voltadas à dilapidação do patrimônio público, delitos de lavagem de dinheiro, invariavelmente associados ao patrimônio ilícito obtido e, principalmente, a recuperação de ativos e devolução desses valores ao capital público. “Nesse último ano, a Polícia Civil atuou firmemente contra esses crimes e teve apoio tanto do governo, quanto da delegacia geral”, assinalou.
A estrutura
A Polícia Civil, por meio da Coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção tem seis delegacias que atendem as diversas regiões do estado e atuam com total apoio da gestão, bem como da delegacia geral, da Diretoria Estadual de Investigações Criminais à Diretoria, por meio desse apoio e desse incremento que temos dias.
Investimentos
O delegado-geral, Ulisses Gabriel, destacou que a melhoria da produtividade de toda a Polícia Civil, e em especial, nas ações de combate à corrupção refletem os investimentos feitos pelo Governo do Estado. “O governador Jorginho investiu fortemente nas delegacias de combate à corrupção. O efetivo foi aumentado em 23%. Foram disponibilizadas novas viaturas, tecnologias e apoio operacional para que as cinco delegacias regionais de combate à corrupção espalhadas por estado e a delegacia de combate à corrupção da DEIC intensificassem essas ações. As operações envolvendo o combate da corrupção
foram multiplicadas”, assinalou o delegado-geral.
Ulisses Gabriel enfatizou que a corrupção tira dinheiro de áreas muito importantes, como a saúde, a segurança, a educação, a assistência social e a infraestrutura. “Por isso que a Polícia Civil de Santa Catarina tem combatido diariamente esse tipo de crime, aumentando as apurações e instrumentalizando essas unidades para que, cada vez mais, nós possamos cessar essa sangria”, destacou.
Denuncie
O delegado-geral reforçou a importância da participação da sociedade na informação de desvios praticados por indivíduos. “A sociedade que vive a realidade do seu município pode, através de denúncia anônima, fazer com que a informação chegue até a PCSC. A participação da população é muito importante para que possamos combater essa prática”, disse.
A PCSC recebe denúncia por meio do whatsapp, pelo número 181; pelo site (pc.sc.gov.br) ou em até mesmo conversas nas delegacias de polícia. “É de suma importância para que nós possamos combater esse tipo de crime que prejudica sobremaneira os cidadãos de cada município e do Estado”.