Brasil deve receber mais 30 a 50 ararinhas-azuis em 2023 » Rádio Colmeia FM

Escute a rádio

Brasil deve receber mais 30 a 50 ararinhas-azuis em 2023


26 de dezembro de 2022

O Brasil deve receber mais uma leva de ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) em 2023. Entre 30 e 50 aves devem chegar ao país, vindas da Alemanha, como parte do projeto de reintrodução da espécie na caatinga brasileira, duas décadas depois de ser considerada extinta na natureza.

Segundo Camile Lugarini, coordenadora executiva do Plano de Ação Nacional (PAN) da Ararinha-Azul, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a ideia é que os animais cheguem ao Brasil já no próximo mês.

O primeiro grupo de 52 ararinhas-azuis chegou a Curaçá em 2020, procedentes de um criadouro alemão. Foi nesse município baiano que o governo brasileiro criou unidades de conservação ambiental para garantir a proteção e o habitat desses animais na natureza.

Ali também foi construído um enorme recinto de adaptação para que as ararinhas reaprendam a viver soltas. As primeiras oito aves foram reintroduzidas na natureza em junho deste ano. No último dia 10, foram soltas mais 12. A ideia é soltar 20 aves, por ano, nas próximas duas décadas.

Cerca de 30 ararinhas são mantidas no cativeiro, na sede do projeto em Curaçá, como reservas para a reintrodução e como reprodutoras. Três filhotes já nasceram dentro do viveiro baiano e devem ser soltos na natureza, assim como devem ser libertados filhotes nascidos em um criadouro de Minas Gerais, a Fazenda Cachoeira.

No entanto, a principal fonte de animais para reintrodução continua sendo o criadouro alemão ACTP. Para a chegada dessa nova leva, vinda da Alemanha, os pesquisadores aguardam a liberação da vigilância agropecuária do Brasil devido a um surto de gripe aviária que atinge a Europa.

“Caso não seja possível trazer as aves em janeiro, a gente vai verificar se consegue, com os animais que nasceram aqui no Brasil, fazer uma soltura, porque uma coisa importante é o número de aves. Quanto maior o número no grupo, maiores são as chances de sucesso. Não adianta soltar uma ou duas, ou três ou quatro. Além de ter todo um critério, que leva em consideração a genética e a saúde, o número de animais também é fator importante”. Na natureza, as ararinhas têm, como principal risco à sobrevivência, a existência de predadores. Das 20 ararinhas-azuis soltas, três foram mortas por aves de rapina. Há ainda o risco de dispersão para áreas onde os pesquisadores não conseguirão monitorá-las e da ameaça de sua captura por traficantes. 

Compartilhe a matéria nas redes sociais:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia outras matérias relacionadas:


Paraná Bom de Bola começa nesta sexta e abre o calendário de jogos oficiais do Paraná

Começa nesta sexta-feira (26) a fase regional da 4ª edição do Paraná Bom de Bola, evento que abre o calendário 2024 dos Jogos Oficiais organizados pelo Governo do Paraná, por meio da Secretaria do Esporte (SEES). A partir deste fim de semana, têm início as competições que ocorrem ao longo do ano: Jogos de Aventura […]

Com apoio de cão, PM apreende 2 toneladas de maconha em caminhão em Iguaraçu

Uma operação conduzida por policiais militares do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) resultou na apreensão de um caminhão que transportava arroz carregado também com drogas na cidade de Iguaraçu, na terça-feira (23). Os militares realizavam abordagens de rotina na rodovia quando abordaram esse veículo e um cão de faro indicou a presença de ilícitos. Foram […]

Governador Jorginho Mello anuncia data para início da dragagem do Rio Itajaí-Açu para mitigar enchentes no Vale

O governador Jorginho Mello anunciou na manhã desta segunda-feira, 22, a data para o início da tão aguardada dragagem do rio Itajaí-Açu, no Alto Vale de Santa Catarina. A medida é crucial para minimizar os impactos das enchentes na região que é uma das mais atingidas por cheias no estado e de forma recorrente. Um […]