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Casa Familiar Rural recebe visita de professores franceses


5 de dezembro de 2014

Foto: Divulgação

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Casa Familiar Rural de Cruz Machado, recebeu nesta quinta-feira, 4, a visita de professores franceses, da região de Rhône Alpes, que estão acompanhando a evolução do ensino na forma de alternância e o desenvolvimento das Casas Familiares Rurais no Brasil. O grupo é composto pelo presidente das Casas Familiares de Rhône Alpes, Patrick Bartholomeo, diretor da Casas Familiares, Ludovic Buffavand, diretora da Casa Familiar de Sainte, Charlotte Mestre, e também pelo tradutor francês, Florent Boníface.

O encontro aconteceu na Casa Familiar Rural, e contou com as presenças do prefeito de Cruz Machado, Antonio Luis Szaykowski, vice-prefeito, Edison José Warken, vereadores Bernardo Cigielka e Edson Luis Beuren, secretário municipal da Agricultura, Silmar Kazenoh, vice-diretor do Colégio Estadual Barão do Cerro Azul, Luís Golenia, engenheira agrônoma e monitora da Casa Familiar Rural, Sandra Brixi, o engenheiro agrônomo da Prefeitura, Roberto Plewka, o presidente do Cresol Cruz Machado, Luis Gilson Siepko, a representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sandra Soares, e os monitores de Cruz Machado.

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Durante o encontro, os monitores da Casa Familiar de Cruz Machado realizaram a explicação das principais atividades desenvolvidas com os jovens neste ano. O objetivo da visita do grupo francês é proporcionar aos membros da delegação, conhecimentos sobre a importância do desenvolvimento de atividades, realizadas pela escola em Cruz Machado. Os professores franceses ficaram felizes em perceber que a Casa Familiar, está desenvolvendo ótimas ações em prol dos alunos, com atividades importantes para a agricultura no município.

O projeto das Casas Familiares Rurais teve origem na França em 1937, por iniciativa de um grupo de famílias do meio rural, propondo a adoção de uma formação profissional aliada à educação humana para seus filhos. Nascia, assim, a Casa Familiar Rural, com a estrutura da Pedagogia da Alternância. Hoje, a Casa Familiar Rural expandiu-se para os cinco continentes, em trinta países, com a mesma concepção: responsabilidade e engrossamento das famílias na formação dos jovens, no sentido de provocar o desenvolvimento global do meio.

No Sul do Brasil, o processo de implantação das Casas Familiares Rurais teve início no Paraná, em 1987, nos municípios de Barracão e Santo Antônio do Sudoeste, com discussão dos agricultores e envolvimento das comunidades.

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A Casa Familiar Rural de Cruz Machado foi fundada em 2009, e já formou três turmas, um total de 58 técnicos agrícolas. Atualmente a escola atende mais 57 jovens, nos três anos do curso. A escola é uma instituição que pode auxiliar na melhoria da renda dos produtores rurais e especialmente fazer com que os jovens tenham novas expectativas de vida e permaneçam vivendo no meio rural, com dignidade e maior qualidade de vida. A Casa Familiar Rural  é de extrema importância pelo fato que tem uma metodologia de ensino voltada para os jovens do meio rural, dando um suporte técnico para que permaneçam nas suas propriedades, desenvolvendo novas atividades ou aprimorando outras já trabalhadas com suas famílias.

O jovem além das disciplinas da Base Nacional Comum também possui aulas das disciplinas técnicas que envolvem tanto as áreas da agronomia quanto da medicina veterinária, tendo uma boa base técnica para estar diversificando as fontes de renda da propriedade e criando condições para a sua permanência, com qualidade de vida, no meio rural.

Os objetivos das Casas Familiares Rurais é oferecer aos jovens rurais uma formação integral, adequada à sua realidade, que lhes permitam atuar no futuro como um profissional no meio rural, além de se tornarem homens e mulheres em condições de exercerem plenamente a cidadania, melhorar a qualidade de vida dos produtores rurais através da aplicação de conhecimentos técnico-científicos, organizados a partir dos conhecimentos familiares, e através da pedagogia da alternância os jovens acima de 14 anos com 4ª série, 1° ou 2° grau nos três anos de curso recebem um diploma de formação profissional e o 1° Grau (para aos que não têm), fomentar no jovem rural o sentido de comunidade, vivência grupal e desenvolvimento do espírito associativo, e desenvolver a consciência de que é possível, através de técnicas de produção adequadas, de transformação de comercialização, viabilizar uma agricultura sustentável, sem agressão e prejuízos ao meio ambiente; e desenvolver práticas capazes de organizar melhor as ações de saúde de nutrição e cultural das comunidades.

A duração das atividades na Casa Familiar Rural é de três anos, em regime de internato, com a adoção do método de alternância onde os jovens passam semanas na propriedade, no meio profissional rural, semanas na Casa Familiar Rural. Durante as semanas na propriedade ou no meio profissional, o jovem realiza um Plano de Estudo, discute sua realidade com a família, com os profissionais e provoca reflexões, planejam soluções e realiza experiências na sua realidade, disseminando assim novas técnicas nas comunidades. E durante a semana na Casa Familiar Rural, os jovens colocam em comum com ajuda dos monitores os problemas as situações levantadas na realidade, buscam novos conhecimentos para compreender e explicar os fenômenos científicos.

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Os resultados da profissionalização aparecem, através dos projetos que os jovens realizam durante as alternâncias, nas suas propriedades juntos com suas famílias. Na área técnica, são progressivos, principalmente no melhoramento da produção, com ênfase na diversificação desta produção nas propriedades e em particular, nos assentamentos. Muitos jovens envolvem-se na transformação dos produtos e na comercialização. A maioria dessas atividades vem sendo feitas em grupos de forma associativa ou em pequenas cooperativas. Os resultados sociais vêm sendo alcançados com o desenvolvimento das qualidades mais solidárias do jovem, trazendo uma sensível melhoria nas relações com as famílias, com amigos e com as comunidades de que fazem parte. Os jovens das Casas Familiares Rurais desenvolvem a consciência crítica, a capacidade de entender melhor o mundo que o cerca, e passa a ser mais atuante dentro de sua família e das comunidades que vive.

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