Foram 5.792 casos registrados no Estado de 2012 a 2022
Dados presentes no informativo epidemiológico Barriga Verde, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive) de Santa Catarina, apontam que o Planalto Norte foi uma das regiões catarinenses que apresentou aumento no número de casos de crianças expostas ao HIV, se comparadas estatísticas de 2012 e 2022.
De acordo com as informações levantadas e divulgadas pela Dive, entre os anos de 2012 e 2022, os casos de HIV ou Aids em crianças menores de cinco anos de idade declinaram 71,6% e atingiram
2,1 casos por 100.000 habitantes em 2023. Tal queda pode ser verificada em todas as regiões de saúde do Estado de Santa Catarina, com exceção da Serra Catarinense e do Planalto Norte.
Ao todo, foram 390 casos de HIV no Planalto Norte registrados nos 10 anos compreendidos pelo estudo da Dive, de 2012 a 2022. Destes, 120 casos são relacionados a gestantes infectadas pelo HIV e 128 registros contemplam crianças expostas ao HIV.
CRIANÇAS EXPOSTAS
Em relação a essa estatística, o ano que marca o maior número de casos é o de 2020, com 17 crianças expostas ao HIV. Em três anos – 2013, 2015 e 2021 – houve o registro de 14 crianças expostas ao HIV. Ainda que o ano final do estudo, 2022, tenha apresentado uma queda no número de casos, sendo 11 registros, tal dado ainda aponta um crescimento se relacionado ao primeiro ano analisado, 2012, que teve apenas seis casos.
Ainda que tenham ligação intrínseca e direta, HIV e Aids não são a mesma coisa. O HIV é o vírus que causa a doença Aids. Neste sentido, a pessoa pode ser portadora do vírus HIV e não necessariamente manifestar a doença Aids. Sob esta perspectiva, ainda que exista um número considerável de crianças com menos de cinco anos expostas ao HIV no Planalto Norte entre os anos de 2012 e 2022, apenas cinco casos de exposição a Aids foram registrados nesta população durante o período.
Porém, seis casos de contaminação por Aids em crianças com menos de cinco anos foram registrados no período.
Hoje, a Aids, via de regra, se manifesta em quem não trata o HIV.
ÓBITOS
Os dados do informativo epidemiológico apontam ainda que o número de óbitos em decorrência de HIV/Aids no Planalto Norte, na população geral, entre os anos de 2012 e 2022, foi de 123.
2015 foi o ano com o maior número de óbitos na região, com 14 casos registrados. No entanto, em apenas um dos 10 anos analisados, menos de 10 óbitos foram registrados: em 2017, com oito casos.
Em 2016 e 2018, foram 13 óbitos em cada ano. Em 2012 e 2022, foram 12 óbitos em cada ano. Em 2014, 2019 e 2021, foram 11 óbitos em cada ano.
**JMais
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