Começa no Paraná a colheita da segunda safra de milho » Rádio Colmeia FM

Escute a rádio

Começa no Paraná a colheita da segunda safra de milho


2 de junho de 2021

Imagens: Gilson Abreu/AEN

Os produtores de milho no Paraná iniciaram a colheita da segunda safra 2020/21. No entanto, a estiagem prejudicou e a previsão é de redução de 13,4% no volume em comparação ao ciclo anterior. A análise está no Boletim de Conjuntura Agropecuária elaborado pelo Departamento de Economia Rural, da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, referente à semana de 29 de maio a 02 de junho.

A previsão é colher 10,3 milhões de toneladas na safrinha de milho. No ciclo 2019/20, o volume ficou em 11,9 milhões de toneladas. Essa redução de 13,4% se deve, sobretudo, à estiagem que atingiu o Estado desde o ano passado, com chuvas irregulares e, de modo particular, a ausência de precipitação em períodos mais críticos para o desenvolvimento das plantas.

Essa mesma situação de seca severa comprometeu também a qualidade do produto. As informações que chegam ao Deral, vindas dos técnicos que atuam no campo, apontam que apenas 22% da área total de 2,5 milhões de hectares estão em condições boas. Em situação mediana encontram-se 46% da área, enquanto 32% têm condições ruins.

Historicamente, a colheita da safrinha de milho começa no final de maio, avança de forma tímida durante junho, ganha volume em julho e agosto, e finaliza em setembro/outubro.

A expectativa é que as chuvas ocorridas nos últimos dias aumentem a umidade e ajudem a estancar as perdas de produção. Para os produtores, os preços continuam altos, com a saca de 60 quilos negociada em torno de R$ 80,00.

FEIJÃO, SOJA E TRIGO – A última avaliação dos técnicos do Deral indica que o feijão ocupa área de 254 mil hectares, que deve resultar em produção de 310 mil toneladas. A estimativa inicial era de se colher 504 mil toneladas, mas as adversidades climáticas provocaram redução de 38%. Caso se confirme a produção reduzida, ainda assim será superior em 16% ao volume de 268 mil toneladas colhidas em 2020.

O boletim também destaca a informação sobre os custos de produção do cultivo de soja, que sofreram elevação próxima a 32%, em comparação com maio de 2020. Um dos itens que mais pesaram é o fertilizante, responsável por 37% no cálculo. O aumento deve-se à restrição da oferta devido à pandemia e à desvalorização do real frente ao dólar.

A produção do trigo também teve o custo elevado em 37%. Como na soja, os gastos com fertilizantes foram fundamentais. A ele se somou o gasto com operação de máquinas. Ambos foram muito influenciados pela valorização do barril de petróleo, triplicado em relação a maio de 2020.

OUTROS PRODUTOS – O documento também faz uma análise do comportamento na comercialização das cinco principais frutas nas Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa). Ao abordar a pecuária leiteira, há um alerta para os produtores que precisam ter cautela e profissionalismo no momento em que o custo de produção se eleva rapidamente.

Por fim, analisa os custos na avicultura de corte, em que a alimentação é o fator que tem mais peso, particularmente devido ao aumento nos preços de milho e farelo de soja. O boletim ainda tece comentários a respeito das exportações de carne suína.

Compartilhe a matéria nas redes sociais:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia outras matérias relacionadas:


Prefeitura de Porto Vitória disponibilizará ônibus neste sábado para eleitores que precisam regularizar título de eleitor

Atenção moradores de Porto Vitória que precisam regularizar o título de eleitor. Neste sábado, dia 04 de maio, a Prefeitura Municipal irá disponibilizar um ônibus para transporte até o Fórum Eleitoral de União da Vitória. O ônibus vai sair às 13h30 da frente do CRAS de Porto Vitória e o transporte será gratuito para o […]

Quem é a pessoa estampada nas notas de Real?

Esse rosto já esteve nas mãos da maioria dos brasileiros por aí A moça com louros na cabeça e com um olhar fixado ao horizonte, está presente em todas as cédulas de Real, juntamente com algum animal da fauna brasileira e certamente você já a viu por aí. Ela se trata de uma efígie, criada […]

Porto Vitória prorroga prazo para cadastro de sepulturas do cemitério municipal

A Prefeitura de Porto Vitória por meio de um decreto, prorroga por mais 90 dias o prazo para que moradores realizem o cadastro das sepulturas de seus entes queridos no cemitério municipal. O decreto que entra em vigor nesta terça-feira, dia 30 de abril, busca regulamentar e organizar o uso do cemitério, visando à liberação […]