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Responsável por cerca de 20% da produção nacional de fumo, Santa Catarina reúne aproximadamente 55 mil famílias que dependem diretamente do cultivo, manejo e venda do tabaco. Apesar da expressiva participação no setor, muitos produtores relatam há anos um problema que afeta diretamente sua renda: a falta de participação no processo de classificação das folhas — etapa que determina o preço final pago pelo produto.
Atualmente, a classificação é realizada majoritariamente pelas empresas que comercializam ou beneficiam o tabaco, prática que, segundo agricultores, reduz a autonomia e dificulta a previsão de lucro. Diante dessas reclamações, o deputado estadual Sargento Lima levou o tema ao plenário da Assembleia Legislativa e iniciou uma série de ações para dar visibilidade às demandas do campo. Entre elas, promoveu uma audiência em Canoinhas com produtores de toda a região, que reforçaram a necessidade de mudanças.
O parlamentar defende que a decisão sobre quem fará a classificação deve ser um direito do produtor. Segundo ele, se o agricultor optar por assumir essa etapa, deve ter garantida por lei a possibilidade de fazê-lo — reduzindo a dependência das empresas e ampliando a transparência na comercialização das folhas.
A proposta recebeu apoio de diversos parlamentares, entre eles o deputado Dr. Vicente Caropreso. Para ele, o avanço do projeto é uma vitória importante para o setor. Segundo ele, permitir que o produtor faça a classificação em sua própria propriedade fortalece a cadeia produtiva e garante mais justiça na comercialização do tabaco no estado.
O PL foi aprovado na Comissão de Agricultura, seguindo agora para votação em plenário.



