A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) vai ampliar a modalidade de Educação Profissional Técnica para estudantes da Rede Estadual. As vagas serão oferecidas em caráter concomitante, quando o aluno estuda em colégios da rede estadual e cursa a modalidade profissional técnica no contraturno em uma instituição parceira da Seed-PR. O investimento de R$ 9,7 milhões é proveniente da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), do Governo Federal.
Serão 1.020 vagas ofertadas em formato EaD (ensino a distância) e presencial. A parceria, firmada por meio de licitação, foi vencida pela UniCesumar, que conta com vasta experiência em ensino presencial e remoto. A empresa vencedora da licitação precisa ter autorização da Setec, além de capacidade técnica e operacional no Estado do Paraná, pois, mesmo na modalidade EaD, pelo menos 20% do curso precisa ser presencial.
Alessandra Maia, chefe de departamento da Educação Profissional e EJA (Educação para Jovens e Adultos) da Seed-PR, enxerga a ampliação como um impacto positivo no desenvolvimento profissional dos jovens. “A educação técnica tem um papel muito importante em fazer com que a inserção do jovem no mercado de trabalho seja mais rápida e fluida do que a de um jovem que faz a educação regular e depois segue para uma universidade”, diz.
O projeto também irá arcar com transporte e alimentação no contraturno. Os cursos presenciais serão ministrados em oito municípios: Araucária, Curitiba, Foz do Iguaçu, Jaguariaíva, Londrina, Maringá, Paranaguá, Pinhais e Pato Branco. A Seed-PR reforça que além desta ampliação com a parceria, a atual oferta de cursos profissionais da rede estadual será mantida.
RECURSO – O valor investido na modalidade é parte de um fundo ligado ao MEC (Ministério da Educação) por meio da Setec, ou seja, é um investimento do Governo Federal. O recurso é destinado apenas para ser investido em Educação Profissional Técnica e estava parado desde 2017. Para que não fosse perdido, a Seed-PR abriu processo licitatório no ano passado para fazer uso desses recursos e, assim, ampliar a modalidade.
“É um caminho feito via estágios e também por meio de aulas práticas, além do entendimento da profissão que foi escolhida. Ampliar o programa significa facilitar o acesso ao mundo corporativo, até porque existe uma demanda no mercado por profissionais que tenham ensino técnico de nível médio, não somente para profissionais com ensino superior”, afirma Alessandra. Com a ampliação, serão mais vagas para quem deseja, futuramente, atuar como assistente administrativo, desenvolvedor de aplicativos para mídias digitais, marceneiro, padeiro, entre outros ofícios.
Os estudantes também podem se matricular em cursos técnicos de informática, logística, eletrotécnica, jogos digitais e comércio exterior.