A 17ª Regional de Saúde do Paraná, com sede em Londrina, informou nesta quarta-feira (29) que foi registrada a ocorrência de um caso da Febre do Nilo Ocidental (FNO) em um muar na cidade de Porecatu. A nota técnica que atesta a presença da doença foi emitida pela Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná). A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que vem investigando casos suspeitos em humanos e outros possíveis casos de infecção de animais nos municípios de Lupionópolis e Florestópolis, também no Norte do estado.
A FNO é uma infecção viral causada por um arbovírus (que ficam hospedados em um mosquito), assim com os vírus que causam a dengue, a zica e a chikungunya. A transmissão é feita por meio da picada de mosquitos infectados, pricipalmente os pernilongos, do gênero Culex. Os hospedeiros naturais são aves silvestres, que atuam como amplificadores do vírus e como fontes de infecção para os mosquitos. Humanos, equinos e outros primatas podem ser infectados.
Em humanos, segundo a Sesa, 80% dos infectados não apresentam sintomas. Entre os sintomáticos, a FNO geralmente causa febre, dor de cabeça, cansaçoe dores no corpo, nos olhos e na cabeça. Em casos graves, o infectado pode apresentar acometimento do sistema nervoso central. De acordo com a Sesa, em humanos são considerados casos suspeitos o de pessoas com “doença febril aguda inespecífica, acompanhada de manifestações neurológicas compatíveis com meningite, encefalite e paralisia flácida aguda, de etiologia desconhecida”. Em menos de 1% dos casos de nfecção de humanos há registros encefalite ou meningite, com rigidez da nuca, confusão mental ou crises epilépticas.
A Sesa orientou todas as Regionais de Saúde para suspeição, notificação e coleta de exames. Os casos considerados suspeitos deverão ser comunicados às Regionais de Saúde. As Regionais deverão aumentar o monitoramento em equinos e aves silvestres. Nos animais, os sintomas são encefalite, ataxia (transtorno caracterizado por falta de coordenação de movimentos musculares voluntários e de equilíbrio), anorexia, fasciculação muscular (contração muscular involuntária) e falta de coordenação.