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Planalto Norte possui maior taxa de mortalidade por câncer de Santa Catarina


16 de abril de 2024

Número de casos de câncer de esôfago está entre os maiores do Estado

Divulgação

Dados presentes no informativo epidemiológico Barriga Verde, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado de Santa Catarina, apontam que o Planalto Norte catarinense possui a maior taxa de mortalidade por câncer de homens e mulheres entre 50 e 69 anos.

As estatísticas são relativas ao período entre 2018 e 2022 e mostram que a taxa de mortalidade feminina entre 50 e 69 anos é de 285,9 casos por 100 mil habitantes. Em relação à taxa de mortalidade masculina entre 50 e 69 anos, são 379,1 óbitos por 100 mil habitantes. Ambos os dados colocam a região do Planalto Norte em primeiro lugar no que diz respeito à taxa de mortalidade entre essas idades, especificamente.

Entre as idades de 30 e 49 anos, a taxa de mortalidade entre os homens do Planalto Norte é também a maior do Estado, sendo 44,8 por 100 mil habitantes. Em relação às mulheres com essas mesmas idades, a maior taxa de mortalidade é no Extremo Sul do Estado, com 59,9 óbitos por 100 mil habitantes.

MAIOR INCIDÊNCIA

O boletim traz ainda informações relacionadas aos tipos de câncer com maior incidência entre homens e mulheres catarinenses. Entre os homens, as principais topografias identificadas foram câncer de próstata, com 10.360 diagnósticos, seguido pelo câncer de pulmão, com 5.820. Neoplasias malignas colorretais ficaram em terceiro lugar, com 4.780 diagnósticos. Os cânceres de estômago e esôfago ficaram em quarto e quinto lugar, com 3.670 e 2.550, respectivamente.

Entre as mulheres, as mais altas taxas de incidência estimadas foram câncer de mama, com 14.490 casos diagnosticados, seguido pelo câncer de cólon e reto (4.670), depois o câncer de colo de útero (3.850), e por fim, câncer de pulmão (2.950) e de estômago (2.060).

Os casos de câncer de próstata no Planalto Norte, por exemplo, ficam em segundo lugar com o maior número de diagnósticos no Estado, com um total de 20 registros por 100 mil habitantes. O primeiro lugar é do Meio Oeste catarinense, com 20,8 registros por 100 mil habitantes.

Em relação ao câncer de esôfago, o número de casos diagnosticados no Planalto Norte é, também, o maior do Estado, com o mesmo montante dos diagnósticos registrados no Extremo Oeste de Santa Catarina: um total de 13,3 situações registradas por 100 mil habitantes em cada uma das regiões.

Para além dos casos diagnosticados, foram também registradas 345 mortes no Planalto Norte em decorrência do câncer de esôfago, entre janeiro de 2017 e fevereiro de 2024. O município da região com as estatísticas mais altas sob este aspecto é Porto União, com 64 óbitos. Em Canoinhas, foram 61 mortes registradas pela mesma causa no mesmo período. Somente em 2018, foram 17 óbitos.

Na sequência, o município de Mafra com 46 mortes, seguido de Itaiópolis com 43 e Papanduva com 42. Em Três Barras, foram 29 casos pelo mesmo tipo de câncer no período, seguido de Monte Castelo com 23 casos. Em Bela Vista do Toldo, foram 11 óbitos no período, seguido de Major Vieira, com 9 mortes.

PREVENÇÃO E SUPORTE

Em Canoinhas, a Rede Feminina de Combate ao Câncer incentiva mulheres da região a realizarem, periodicamente, exames preventivos de mama e colo de útero. “O diagnóstico precoce aumenta a chance de cura”, alerta a presidente da Rede no município, Neide Teresinha Rodrigues Bosse.

Neide salienta ainda que a Rede Feminina oferece às mulheres o exame preventivo de papanicolau, coleta de material para biópsia e, após o resultado dos exames, as pacientes que precisam de consulta são encaminhadas à médica da própria rede, para que recebam o diagnóstico e sejam orientadas quanto aos próximos procedimentos relacionados ao tratamento.

Segundo Neide, nos últimos três anos, cinco mulheres que recebiam atendimento da Rede Feminina morreram. Elas tinham entre 39 e 60 anos. “Algumas estavam em tratamento há mais de dois anos, outras há menos de seis meses, e a perda dessas pacientes nos faz sentir muito, pois nós as acompanhamos no dia a dia, trabalhando para oferecer o melhor a elas”, comentou.

Além de aspectos preventivos, a Rede Feminina oferece ainda fisioterapia, drenagem, atendimento psicológico e consultas com nutricionista às pacientes em tratamento oncológico.

Mais informações sobre a Rede Feminina de Combate ao Câncer em Canoinhas podem ser consultadas pelo telefone e WhatsApp: 3622-2310.

Canoinhas tem, ainda, a Associação dos Pacientes Oncológicos de Canoinhas e Região (Apoca), por onde já passaram milhares de pessoas à procura de auxílio no tortuoso caminho em busca de tratamento.

A referência regional para tratar casos de câncer no sistema público fica em Porto União. Trata-se do Hospital São Braz. Em 2019, em crise, o Hospital foi assumido pela Associação Beneficente São Camilo.

O Hospital tem 12 leitos para quimioterapias de longa duração e 12 leitos para quimioterapia de curta duração. O São Braz é credenciado pelo Estado para Alta Complexidade em Oncologia. A equipe multiprofissional é composta por dois médicos especialistas em cirurgias oncológicas, dois especialistas em cabeça e pescoço, um especialista em oncologia clínica, três especialistas em urologia, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos e enfermeiros.

O hospital atende 26 Municípios situados no Planalto Norte e Nordeste de Santa Catarina e Região Sul do Paraná.

**Portal da Cidade

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