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“Quando chegar a sua vez, não deixe de ser vacinado”, diz Paula Krzyzanowski, chefe da 6ª Regional de Saúde


16 de junho de 2021

O Jornal Colmeia desta quarta-feira, 16, recebeu a presença da chefe da 6ª Regional de Saúde em União da Vitória, Paula Krzyzanowski, que falou sobre o avanço da vacinação da Covid-19 nos municípios da região e a expectativa para a chegada de novas doses.

Imagens: Rádio Colmeia

Até hoje já foram recebidas aproximadamente 82 mil doses de vacina. Destas 54 mil foram para primeira dose e 22 mil para segunda dose. A região tem aproximadamente 22 mil pessoas já imunizadas. Paula diz que um indicador importante, além do número de vacinas recebidas, é a porcentagem de doses aplicadas assim que recebidas, que corresponde a 83%.

Assim que as vacinas chegam no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar) a regional é acionada e busca os imunizantes. É realizada a triagem e separação das vacinas e os municípios são avisados para retirarem as doses e já iniciar a aplicação. “Essa é a nossa principal frente de trabalho”, coloca Paula.

Com a chegada da vacina da Pfizer houve um grande avanço no cronograma de vacinação. Da região, dois municípios já foram contemplados com esta vacina. As doses da Pfizer precisam de ultracongelamento, que é feito em Curitiba, para permanecerem armazenadas. A partir do momento em que a dose é descongelada há o prazo de 31 dias para ser aplicada.

Dentro desses 31 dias ela tem o seu armazenamento normal em uma temperatura de 2 a 8 graus, não sendo necessário um ultra congelador. A chefe da Regional lembra que há diversas campanhas, do Governo do Estado em conjunto com os municípios, para dar celeridade a vacinação. Os profissionais de saúde estão trabalhando aos finais de semana, feriados, com esquemas de escala e fazendo hora extra para poder imunizar toda a população o mais rápido possível.

Paula ressalta que a vacinação já está liberada para pessoas acima dos 40 anos, mas a ordem é de idade decrescente. “Hoje não adianta a pessoas de 40 anos procurar, que hoje não será vacinada, mas o município está se organizando para isso”, afirma. A vacinação continua para as pessoas com comorbidades, deficiência permanente, trabalhadores da educação e foi ampliada a gestantes e puérperas, sem comorbidades, maiores de 18 anos, e também aos profissionais da limpeza urbana e resíduos sólidos.

O grupo dos caminhoneiros ainda não foi contemplado. O cronograma prevê a vacinação desta população com a vacina da Jansen, de dose única, que ainda não chegou ao Brasil.

Há uma grande expectativa da população para receber a 1ª dose da vacina, mas é importante lembrar que é preciso completar o esquema vacinal. Infelizmente há pessoas que não estão indo tomar a 2º dose. Para Paula as pessoas estão esquecendo de conferir a data de retorno que é colocada na carteira de vacinação. “A gente acha que é um pouco, talvez, de falta de interesse, mas os trabalhadores da saúde vão atrás, procuram, e não tem como ficar com o esquema incompleto, porque 50% não é o ideal”, diz.

A pandemia ainda não acabou e os leitos dos hospitais de União da Vitória e região estão com 100% de sua capacidade de ocupação. A capacidade técnica do setor Covid também está no limite. No decorrer da pandemia foi observado, segundo Paula, que os pacientes tem ficado mais tempo internados, fazendo com que haja uma rotatividade menor dos leitos.

Outro fator observado é que as pessoas tem procurado o atendimento médico mais tarde. A população mais jovem é a que se encontra internada no momento. O aumento da cobertura vacinal nas idades maiores fez com que o número de internamentos em determinadas faixas etárias diminuísse.

Lembrando que, estar vacinado não quer dizer que a pessoa não ficará doente. Será diminuída a porcentagem de chances de internamentos, entubação, UTI e consequentemente óbitos. A vacina ainda é o melhor caminho e a melhor solução para a pandemia. “Quando chegar a sua vez, não deixe de ser vacinado, quando chegar a sua vez, não deixe de se agendar para a 2ª dose e ainda sim se cuidar”, afirmou Paula.

Os cuidados básicos de lavar as mãos frequentemente, utilizar álcool a 70%, fazer uso de máscaras, evitar aglomerações e evitar saídas desnecessárias deve continuar mesmo com a imunização já realizada.

Ouça a entrevista na íntegra

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