Um grande mutirão para que a população catarinense tenha a oportunidade de colocar a vacinação contra a Covid-19 em dia. Essa é a proposta do Governo de Santa Catarina em parceria com os 295 municípios para garantir que todas as pessoas que já estão aptas a receber a segunda dose concluam o esquema vacinal e garantam a proteção completa contra o coronavírus.
“O fim de semana é para garantir a proteção completa, não só para quem não recebeu a segunda dose, mas também para os idosos de 70 anos ou mais que já estejam com esquema vacinal completo há mais de seis meses e os imunossuprimidos, desde que imunizados há mais de 28 dias. Pedimos para que todos compartilhem essa notícia, vacinem-se, protejam-se”, destaca o governador Carlos Moisés.
“Em conversa com o Cosems, o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina, o Estado propôs uma intensificação da vacinação contra a Covid-19 no próximo final de semana, visando especialmente a conclusão dos esquemas vacinais e a proteção da população. Temos a convicção de que poderemos contar com todos nesse grande mutirão”, afirma o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.
Segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, 418 mil pessoas estão dentro do prazo para a segunda dose, mas ainda não receberam. “Temos percebido que, mesmo depois da autorização da redução do intervalo da Pfizer para oito semanas, muitos municípios ainda aplicam em um intervalo de 12 semanas. Então, esse mutirão vai permitir que todas essas pessoas que já estão nesse prazo de oito semanas garantam a segunda dose”, explica o superintendente de vigilância em saúde, Eduardo Macário. É importante reforçar que as vacinas do fabricante Pfizer precisam ser usadas no prazo de 31 dias após a distribuição.
Com relação à vacina AstraZeneca, devido ao pequeno quantitativo que o estado tem recebido, o intervalo de aplicação entre as doses recomendado, neste momento, é de 12 semanas. Pessoas que estão dentro desse intervalo e ainda não tomaram a segunda dose também devem aproveitar o mutirão para atualizar a situação vacinal, bem como aqueles que estão dentro do prazo de 28 dias para tomar a segunda dose da Coronavac.
Essa atualização é importante tendo em vista que 343.658 pessoas que tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 estão atrasados para tomar a segunda dose. Deste total, segundo levantamento realizado pela Dive na última segunda-feira, 27, junto ao Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SiPNI), do Ministério da Saúde, 129.838 são de pessoas vacinadas com a AstraZeneca, 120.172 de pessoas vacinadas com a Coronavac, e 93.648 pessoas vacinadas com a Pfizer.
O diretor da Dive, João Augusto Brancher Fuck, ressalta que, mesmo que o foco, neste momento, seja atualizar a situação vacinal com a segunda dose, os municípios também devem aproveitar a ação do fim de semana para intensificar a aplicação da dose de reforço nos idosos, com 70 anos ou mais, vacinados com as duas doses ou dose única há mais de seis meses; e imunossuprimidos, que completaram o esquema vacinal há mais de 28 dias. Além disso, podem utilizar esse momento para avançar na imunização dos adolescentes, considerando a remessa que foi encaminhada aos municípios nesta terça-feira, 28.
Envio de doses aos municípios
O Estado distribuiu na terça, 28, 60.840 doses da Pfizer para vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos de idade e 55.450 doses da Coronavac para a segunda dose. Ainda serão distribuídas, na próxima quinta, 30, mais 66.980 doses da AstraZeneca e 210.600 doses da Pfizer também para aplicação da segunda dose e outras 37.440 doses da Pfizer para dose de reforço.
Além dessas remessas enviadas, os municípios também contam com doses armazenadas nas redes de frio municipais. Desde o início da Campanha de Vacinação até essa terça-feira, 28, o Estado distribuiu 9.471.921 doses. No entanto, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), foram aplicadas, no mesmo período, 8.284.968 doses. “Acreditamos que essas doses já distribuídas e não aplicadas estão armazenadas nos municípios ou não foram registradas no sistema”, avalia o superintendente.