CEJUSC: adoção passo a passo; do interesse à família com a criança presente no lar » Rádio Colmeia FM

Escute a rádio

CEJUSC: adoção passo a passo; do interesse à família com a criança presente no lar


9 de julho de 2020

Imagem: TJPR

Muitos casais decidem por adotar um filho. De início é necessário um cadastro diretamente na Vara da Infância e Juventude do Município que residem, mediante a entrega de lista de documentos encaminhada ao juiz, tais como comprovante de endereço e cópia dos documentos pessoais. Após a análise documental, cabe ao magistrado encaminhar a avaliação para a equipe do Serviço Auxiliar da Infância e Juventude (SAIJ) da Vara da Infância e Juventude de União da Vitória. Pedagoga, psicólogas, comissário de vigilância e estagiárias trabalham para ter um diagnóstico familiar e avaliar as condições do novo lar. Atualmente também é obrigatório realizar o curso de habilitação organizado pela Justiça. Participa do processo também a Promotoria Pública.

Ações em equipe:

Gislaine Catarina Olbertz é pedagoga, técnica especializada em Infância e Juventude, com vasta experiência diz que, “trabalhamos nos processos em que crianças precisam ser colocadas em família substituta sob a modalidade de adoção, provenientes dos seis municípios que integram nossa Comarca: União da Vitória, Paula Freitas, Cruz Machado, Porto Vitória, General Carneiro e Bituruna”, explica. Para tanto, o passo inicial é reunir a documentação exigida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e apresentar no Cartório da Vara da Infância.

Com o despacho do magistrado, o processo de avaliação segue para o SAIJ. “Assim, os pretendentes receberão a visita do comissário de vigilância para observar as condições de moradia e convocar para a primeira entrevista”, acrescenta a psicóloga Audrei Letícia Martins Rissi, também componente da equipe. “Nesta entrevista serão colhidos dados sobre o perfil da criança ou adolescente desejado.  Também serão ouvidos sobre seus históricos de vida”. Seguido do preparo psicossocial – o chamado ‘curso para adoção’.

Nele, os pretendentes devem participar com 100% de frequência, para validar. Seguido de nova entrevista e questionamentos específicos dos motivos que levaram a se candidatarem para a adoção. Após esta fase, o SAIJ elabora um relatório que será enviado ao Ministério Público (MP) e depois ao juiz. Cabe ao magistrado, então, dar a sentença de “habilitação para adoção, se for o caso”, conforme esclarece Audrei. Somente concluída esta etapa que os pretendentes entram no cadastro local e no Sistema Nacional de Adoção (SNA). A ordem segue o critério da antiguidade, de acordo com a sentença que os habilita.

Escolhas e desafios:

A psicóloga Marcelle Andrea Leite Pereira Rossa atua neste departamento. “O maior desafio é conseguir família (pai e/ou mãe) para crianças maiores de três anos, mas principalmente os maiores de seis anos, grupo de irmãos e crianças/adolescentes com alguma deficiência ou problema de saúde que não tenha cura. Em geral as pessoas que adotam esse perfil, quando a gente acha, não são de nossa comarca. Com isso aquele período em que o pretendente tem que conhecer aos poucos a criança/adolescente é mais complicado pela necessidade de vários deslocamentos”, relata a profissional.

“Também é necessário que os que adotam tenham um preparo psicossocial bastante intenso, pois vai haver dificuldades que podem ser contornadas se o (s) adotante (s) estiver (em) bem preparado (s)”, observa Marcelle. Para tanto, segundo a psicóloga, a orientação é sempre de que “os pretendentes devem ler, conversar muito em casa, eventualmente fazer terapia, assistir filmes sobre adoção, participar de grupos de apoio”, exemplifica. Cabe à pedagoga da equipe as orientações gerais a respeito do tema, a entrevista inicial, onde são captados os dados para a inserção no SNA, e demais aspectos pedagógicos relativos à adoção.

Gislaine menciona a importância deste preparo psicossocial dos pretendentes, seguido do trabalho de acompanhar o estágio de aproximação e convivência entre os pretendentes (ou o pretendente) já em contato com a (s) criança (s) que deseja adotar. “Estimular ou incentivar a adoção tardia ou necessária, aquelas que envolvem crianças maiores, adoção de grupo de irmãos, inter-racial, e de crianças com algum problema de saúde”, são objetivos inerentes ao foco central no trabalho da equipe, segundo a pedagoga.

Obviamente que ofertar condições aos pretendentes para terem todo o conhecimento necessário sobre aspectos legais, sociais, emocionais ou psicológicos que envolvem o processo de adoção, é outra prerrogativa fundamental. “Para estarem o mais seguro possível desta decisão que é irrevogável, ou seja, cria-se um vínculo para sempre”, acrescenta Gislaine. “Sempre ressaltando a eles que a adoção dever atender o maior interesse das crianças que temos nos abrigos e não simplesmente resolver a questão da infertilidade dos pais”.

Lista e experiência:

Audrei explica que quando se tem uma criança ou adolescente para ser adotada, o Serviço Auxiliar inicia a busca por pretendentes, partindo do cadastro local e de acordo com o perfil da criança. Não havendo ninguém interessado, o SAIJ parte para o SNA. Sempre levando em conta o tempo de registro e, com isso, iniciando pelo cadastrado mais antigo. Este trabalho tem o auxílio do comissário de vigilância, Edson Luis Futerko e estagiárias de psicologia: Julia Ferreira Bigosinski e Maria Eduarda Cecchin.

Julia Ferreira Bigosinski relata que o grupo de trabalho lhe trouxe a experiência com adoções. “Me ensinou a entender como funciona todo o processo, desde a primeira informação aos pretendentes e até a entrega do filho aos pais”, detalha. Todos estes procedimentos levam ao bem-estar, segundo ela, da família e do adotado. “Existe todo o cuidado para que a nova família possa se adaptar de forma saudável. Acrescenta muito na minha formação entender a teoria e trabalhar diretamente com a prática junto da equipe multidisciplinar que envolve toda a questão de adoção”, completa a acadêmica.

Esta relação ao estágio, que contextualiza a atuação do SAIJ, Carlos Mattioli ressalta esta relação com o aprendizado, aliado à prática. Perfazendo o aspecto de sequência na formação e possibilidade de especialização, num contexto social, desde a graduação, segundo o magistrado. “É um trabalho gratificante, tem muito aprendizado prático dentro da Psicologia Forense com as avaliações, entrevistas e outros trabalhos que são realizados pela equipe”, afirma Maria Eduarda Cecchin.

Serviço: O atendimento ao público, em União da Vitória – Vara da Família/CEJUS, continua sendo realizado de forma remota durante a pandemia, pela disponibilização de contato com a equipe de atendimento através dos telefones, mídias sociais e e-mails abaixo relacionados:

Serviço auxiliar da vara da infância e juventude – SAIJ

Audrei Letícia Martins Rissi: (41) 99641-9181

Gislaine Catarina Olbertz: (42) 99129-2260

Marcelle Rossa: (42) 99911-8907

Edson Luiz Futerko: (42) 99956-1530

VARA DA INFÂNCIA e JUVENTUDE

Mari Estela Kindrat 42 99962-5999

Diosnei Ricardo Bogdan 42 99975-8050

E-mail: mek@tjpr.jus.br

CEJUSC

BALCÃO VIRTUAL: 42 3309-1940 e 42 3309-1941 (chamadas e WhatsApp – das 13h às 18h)

Valcira Ferri: 42-98812-6460 / 42- 3135-0001

Karine: 42 99820-3146

E-MAIL: vffs@tjpr.jus.br E/OU atendimentovarafamiliauva@gmail.com

PROGRAMA RAC – Acolhimento e Primeiros Socorros Psicológicos – Covid19 (indicação pessoal ou para indicação de terceiro que precisa de ajuda);

INSTAGRAM: @rededeajudacejusc

E-MAIL: rededeajudacejusc@gmail.com

FACEBOOK: CEJUSC – União da Vitória / Vara da Infância, Juventude e Anexos.

Fonte: Assessoria CEJUSC/Vara da Família

Compartilhe a matéria nas redes sociais:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia outras matérias relacionadas:


CBMSC lança canção e clipe oficial de programa educativo para crianças

A canção do Bombeiro Mirim é um hino educativo que faz parte do Programa Bombeiro Mirim do CBMSC e possui uma letra reflete o espírito do programa Com o objetivo de chamar a atenção de crianças e adolescentes sobre os perigos existentes e como é possível preveni-los, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina […]

Mais de 10 ruas são pavimentadas no Bairro São Pedro em Porto União

As pavimentações em Porto União seguem em ritmo acelerado, muitas ruas de vários bairros da cidade estão sendo pavimentadas levando mais conforto e comodidade aos moradores que por vezes sofriam com a poeira em suas residências. Nos últimos dias mais de 10 ruas são pavimentadas no Bairro São Pedro, sendo elas: 1. Rua Bento Correia […]

SC é o estado com maior segurança alimentar e menor desigualdade de renda do Brasil

Pesquisa apontou ainda que apenas 4,5% dos domicílios catarinenses recebem o Bolsa Família Santa Catarina é destaque nacional como o estado com a maior segurança alimentar do País. A informação é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua no módulo Segurança Alimentar, divulgada nesta quinta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística […]