Na noite de segunda-feira, 13 de julho, a prefeitura de União da Vitória junto com a Secretaria de Saúde realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre os trabalhos de prevenção e orientação ao Covid-19. Foi apresentado também um perfil epidemiológico do município sobre os casos da doença registrados até o dia 10 de julho. Desde o início da pandemia até o momento, União da Vitória tem registro de 134 casos confirmados.
A cidade vem tomando medidas de prevenção desde o começo do surto de casos no Brasil, para a não disseminação do vírus. Segundo o prefeito Santin Roveda, o município foi um dos primeiros do Paraná a pararem as aulas, a organizar os mercados e o comércio. A distribuição de adesivos para indicar distância física foi um dos incentivos realizados, além da fiscalização. “A gente está fazendo o máximo possível, mas sozinhos não temos possibilidades nenhuma de termos bons resultados”, apontou.
Os atendimentos da área da saúde foram revisados também. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tem dois atendimentos diferenciados, um para morbidades normais e outro para síndromes gripais normais e de Covid-19. “Temos trabalhado no tratamento precoce com o “kit vida” que é inovador no Paraná e no Brasil em medicamentos”, atestou Roveda.
De acordo com o prefeito a fiscalização em União da Vitória está muito intensa “desde o início da pandemia”. Já houve multas por não uso de máscaras, fechamento de estabelecimentos e também há um canal de denúncias que a população pode entrar em contato.
Sobre o “bailão clandestino” realizado na localidade do Rio Vermelho nesse sábado, 11 de julho, o prefeito disse que a fiscalização em conjunto com a Polícia Militar foi até o local e os responsáveis “terão as punições devidas em lei”.
Após o levantamento de dados, foi criado um perfil epidemiológico de União da Vitória dos casos de Covid-19. Os dados trazem informações sobre as confirmações da doença em gráficos por data, bairro, sexo e idade. Esse estudo foi feito com base nos primeiros 101 casos positivados até o dia 10 de julho.
Neste primeiro estudo foi verificado que no dia 06 de julho foi o maior pico de casos registrados, constando 13 pacientes positivados. Os bairros com maior incidência do vírus são o Rio D’Areia, com 15 casos e o São Bernardo, com 14 casos contabilizados. 53% dos infectados são mulheres e 47% homens.
A idade mais afetada pelo Coronavírus são as pessoas entre 20 a 29 anos. No gráfico é identificado 15 mulheres e 14 homens. Segundo o Secretário de Saúde, Dr. Ary Carneiro, “as pessoas mais jovens não estão muito preocupadas em se proteger”.
Geralmente esse grupo de 20 a 29 anos está em contato direto com os pais e avós que podem representar o grupo de risco “a pessoa tem que ter amor, tem que ter solidariedade para com o seu familiar, ela precisa rever os seus posicionamentos”, colocou o secretário.
Pessoas idosas do grupo de risco são as que menos tem incidência de casos no município e as crianças, por mais baixo que seja o índice, já somam 10 casos de 0 a cinco anos. “Tem que ter muita clareza de que as pessoas precisam se proteger independente da faixa etária”, disse. Esse estudo será continuado pelos próximos meses, observando como a curva irá transcorrer.
Houve um aumento significativo no número de casos confirmados nos últimos dois meses e esse crescimento da curva era algo previsto pelos estudos, não só em União da Vitória, mas em todo o Brasil. Era esperado que os municípios do interior teriam esse aumento de casos.
Por isso é necessário fazer a prevenção, tomando uso de todas as medidas, pois ainda há um período longo de convivência com o Coronavírus. “Não significa que no mês de agosto, no mês de setembro acabou a Covid-19. Não é verdadeiro. A não ser que viesse uma vacina”, afirmou Carneiro
Kit Vida
É uma estratégia adotada pelo município por meio de um protocolo do Ministério da Saúde, instituído pela 6ª Regional de Saúde através da infectologista Suzane Leite. Essa estratégia foi adaptada para o município de União da Vitória conforme suas necessidades.
Embora o Estado não faça o uso da cloroquina dentro da sua estratégia “nós optamos em mantê-la conforme o Ministério da Saúde e com a experiência da Dra. Suzane”, declarou o secretário de saúde.
Caso haja outras evidências científicas comprovando a eficácia de outros medicamentos no tratamento da doença, pode ocorrer mudança nesse protocolo. Lembrando que o uso desse tratamento é para a fase inicial de sintomas, caso o paciente já estiver em estado mais avançado e precisar internação, é seguido o protocolo do Estado.
Acompanhe as lives da coletiva AQUI e AQUI.
Serviço
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