A comunidade escolar dos Colégios Estaduais Bernardina Schleder, de União da Vitória, e Novo Milênio, de Bituruna, decidiu por transformar as escolas em colégios cívicos-militares a partir de 2021. A votação encerrou na noite dessa quarta-feira, 29 de outubro, às 20 horas, já com o número mínimo de votos necessários. O Colégio Estadual Lauro Muller Soares de União da Vitória também terá sua transição realizada a partir do ano que vem.
De 233 votos, 200 foram favoráveis e 33 contrários a implantação em União da Vitória. Já em Bituruna, de 281 votos, 238 foram favoráveis e 43 contrários. Para o Chefe do Núcleo Regional de Educação em União da Vitória, Carlos Polsin, as duas entidades tiveram grande comparecimento da comunidade. “Nas duas entidades nós tivemos êxito”, disse.
Ao todo serão implantados 215 colégios cívico-militares em 117 municípios de todas as regiões do Paraná, a partir de 2021. Maior projeto do Brasil nessa área, o programa vai abranger 129 mil alunos e receberá um investimento de R$ 80 milhões.
Manifestações
De acordo com informações repassadas ao Jornal Colmeia, houveram manifestações contrárias a implantação dos colégios cívico-militares em União da Vitória. O tenente coronel Joas Lins, comandante do 27° Batalhão de Polícia Militar, disse em entrevista exclusiva que a PM recebeu informações de que os votantes estavam sendo abordados por outras pessoas na tentativa de mudar a decisão sobre a implantação do colégio cívico-militar. No local foi conversado com os manifestantes e feito a orientação.
Modelo
Lins ressaltou que o setor de educação tem um nível muito alto de excelência e o colégio cívico-militar é mais uma opção aos pais. Que se trata de uma gestão compartilhada entre militares e civis que irá abranger os alunos do sexto ao nono ano. O quadro de professores permanecerá o mesmo e será adicionado um diretor cívico-militar e também de dois a quatro colaboradores que serão policiais aposentados.
Os militares serão responsáveis pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Para Lins o colégio tem um formato diferenciado e “não é militarizado”, afirmou. O formato busca o civismo, o amor à pátria “e principalmente o aluno a voltar a ter o respeito com o professor”.