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Capital Paranaense do Vinho, Bituruna, completa 65 anos de emancipação


14 de dezembro de 2020

Os 65 anos de emancipação político administrativa são comemorados no município de Bituruna nesta segunda-feira, 14. No ano de 1955, nesta data, ocorreu a instalação do município que é conhecido como a capital Paranaense do vinho, concedido pela Assembleia Legislativa do Paraná, através da aprovação da Lei nº 20.241/2020 em junho deste ano.

Imagem: prefeitura de Bituruna

O nome Bituruna vem do tupi “bitur” que significa monte ou montanha e “una” que significa monte ou serra negra. Por volta de 1814, uma expedição rumo ao Rio Grande do Sul, comandada por Atanagildo Pinto Martins e guiada pelo cacique Jon Jong, atravessou os campos dos “Ibiturunas”, referindo-se à região habitada por este grupo indígena e que corresponde à região dos Campos de Palmas.

A travessia pela região expunha os expedicionários aos combates com os indígenas. Em 1816 a missão retornara, porém o cacique Jon Jong, e mais seis companheiros desapareciam para sempre, vítimas de emboscada dos temidos “Ibiturunas”.

Estavam oficialmente descobertos os campos dos “Ibiturunas”, que mais tarde foram denominados Campos de Palmas. A fazenda Santa Bárbara que deu origem ao município de Bituruna, pertencia a esta região.

Compostas principalmente por imigrantes italianos e seus descendentes, a população começou a chegar em 1924, quando a Empresa Colonizadora Santa Bárbara Ltda, com sede em União da Vitória, adquiriu 40 mil alqueires da fazenda Santa Bárbara e 15 mil alqueires da Fazenda Santo Antônio do Iratim. A empresa dividiu estas terras em lotes de 10 alqueires que foram vendidos para imigrantes vindos principalmente do Rio Grande do Sul.

Em 23 de dezembro de 1924, data considerada como da fundação do município, foi vendido o primeiro lote de terra. Segundo relatos e documentos da época, os primeiros moradores vinham em busca da promessa de riquezas naturais como a erva-mate e madeiras nativas de grande valor econômico.

Imagem: prefeitura de Bituruna

Após as primeiras famílias, vieram outros moradores e desbravadores que construíram suas casas, nascendo assim uma pequena vila chamada Santa Bárbara. Um ano depois a sede contava com 31 casas de moradia, uma Igreja, três casas comerciais, um engenho de serra, um moinho para trigo e milho, curtume, ferraria, carijós, etc. Sendo em número de 45 famílias residentes na sede até a data de 4 de dezembro de 1926.

Em 04 de dezembro de 1928 foi elevada à categoria de Vila (Vila Santa Bárbara), e a 20 de outubro de 1938 passou a fazer parte de União da Vitória. Mais tarde, pelo decreto-lei estadual n°199 de 30 de dezembro de 1943, voltou a fazer parte do Município de Palmas, porém com a denominação de Bituruna. Em 26 de novembro de 1954, de acordo com a Lei Estadual N° 253, foi elevado à categoria de Município autônomo, sendo desmembrado do Município de Palmas. Em 14 de dezembro de 1955 ocorreu a instalação do município.

Ao mesmo tempo outras famílias foram ocupando os lotes rurais, aumentando o número de moradores, que se dedicaram à agricultura, construíram alguns engenhos de cana-de-açúcar, de serra, carijos, moinhos, desenvolvendo intensamente a plantação de parreirais. Bituruna abriga famílias de diversas descendências, como: italianos, alemães, ucranianos, libaneses, indígenas e poloneses.

A religiosidade manifesta-se no culto a Padroeira Santa Bárbara, que acompanha os moradores desde a fundação da pequena vila, que mais tarde foi chamada Bituruna. A vitinicultura, nas décadas de 60 e 70 representava a grande promessa da economia do local. O Poder Executivo instituiu na época a Exposição Vinícola, que representava o mais importante evento cultural festivo da cidade. Esta exposição deu origem a outra festa tradicional no município: a Festa da Uva, realizada em plena safra, para comercializar a produção de uvas e derivados produzidos pelos agricultores locais, em parceria com o Rodeio Crioulo, atividade já costumeira na região, atraindo visitantes de diversos municípios.

Na ocasião o atual prefeito de Bituruna, Claudinei de Paula Castilho, parabenizou o município pela passagem do aniversário de sua emancipação, manifestando o orgulho de ser biturunense e “a gratidão de estar prefeito da nossa cidade nos últimos seis anos, e onde contribuo com o meu trabalho para o desenvolvimento da nossa cidade”, disse.

O doutor Pimenta, médico da linha de frente no combate à Covid-19, também deixou seu recado. “Um grande abraço, um feliz aniversário, são 65 anos e eu conheço esse povo daqui a 16 anos. Conheço a luta diária do povo de Bituruna”, colocou.

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