O ano teve a escola que se reinventou e as aulas presenciais deram lugar às aulas remotas. Pautando-se na necessidade em manter os alunos na escola, ainda que virtualmente, o CEJUSC e Vara da Família, em parceria com o Núcleo Regional de Educação (NRE), desenvolveram no decorrer do ano o Projeto “Ajude um aluno de Escola Pública a continuar estudando”. Focando a permanência nos estudos, com entregas dirigidas durante o ano letivo, e premiação no final do ano.
Com apoio de vários parceiros e da sociedade foram doados aproximadamente 60 aparelhos eletrônicos (entre celulares, notebook e tablets). Isso garantiu que muitos estudantes pudessem acessar os conteúdos repassados pelas escolas. A conclusão do projeto foi por meio de um sorteio, com 17 prêmios, sendo um dos sorteados brindado e ‘recompensado’ pelo empenho em procurar sinal de internet para manter-se conectado à escola.
Outra iniciativa em conjunto, o desenvolvimento do projeto Aluno Presente, se pautou na verificação de quais alunos não estavam acessando o classroom (plataforma de ensino), bem como não realizando as tarefas. Isso foi feito por um profissional de cada escola, que entrava em contato com o referido aluno, incentivando-o a participar das atividades propostas.
Essa medida resultou no retorno de um número expressivo de alunos às aulas remotas, entrega das atividades impressas e a constância da frequência nas aulas, sendo que aqueles que tivessem 100% de assiduidade e frequência participaram de um sorteio de vários brindes (entre eles, aparelhos eletrônicos e livros).
Nesta sexta-feira, 18, foi realizada a entrega de um celular para o estudante David Lucas Gorgia Bombroski, aluno do Colégio Duque de Caxias de São Mateus do Sul. Ele foi contemplado em sorteio realizado no dia 08 de dezembro pela equipe responsável pelo projeto. Sua história chamou muito atenção, tendo em vista o percurso realizado pelo aluno para conseguir acessar as aulas.
“Fechamos com o sorteio, as entregas, valorizando o esforço de cada aluno. Não ter internet em casa, indo até o estabelecimento pegar o sinal para poder ter acesso à plataforma”, observou o juiz Carlos Mattioli que responde pela Vara da Família e coordena o CEJUSC. “É uma história que mereceu o nosso elogio presencial, neste evento de hoje. Não apenas encaminhar, mas fazer esta entrega pessoal”.
O magistrado observou que no final das aulas, o fecho da programação envolve outras questões. “Sorteio não é só sorte. A sorte procura pessoas que merecem”, observou Mattioli. “Quem se esforça e busca ser diferente, se empenha, uma hora as coisas começam a acontecer”, reafirmou Mattioli. O fato de ter sido escolhido brinda o trabalho e empenho de cada profissional do CEJUSC e do NRE, segundo ele.
De acordo com o diretor, Felipe Domingos de Lima Chico, alguns alunos estão distantes das escolas e têm a dificuldade socioeconômica. Necessitando deste olhar atencioso frente a tudo isso e valorizando a equipe no sentido de atuar para que o processo educacional seguisse, mesmo diante de um cenário de pandemia da Covid-19.
Na oportunidade o chefe do NRE, professor Carlos Alberto Polsin, destacou a importância do projeto para a comunidade escolar, proporcionando o retorno na execução das atividades escolares. Ele frisou que o empenho do aluno, e história de vida, motiva os profissionais de educação. Ressaltando que esta dedicação da equipe fez valer a pena o trabalho educacional. “Isso nos serve de inspiração e que sua atitude inspire seus colegas e a todos nós”, reafirmou.
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