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Caso Daniel Dias: réu é condenado à cinco anos e quatro meses de reclusão


4 de setembro de 2021

Foto: Arquivo Pessoal

O desfecho de um dos casos mais aguardados do Vale do Iguaçu aconteceu nesta sexta-feira, 3. Após quase 6 anos de espera, o julgamento do caso Daniel Dias foi concluído. O júri popular decidiu aplicar ao réu, Bruno Wollinger Junior, cinco anos e quatro meses de reclusão. Ele foi acusado de ser o agente causador do acidente que deixou Daniel em “coma vigia”, situação de estado vegetativo.

Bruno foi culpado de tentativa de homicídio, enquadrado no artigo 121, artigo 14 inciso II do código penal. O júri ainda estabeleceu regime semiaberto, podendo recorrer em liberdade, e o valor da indenização em dez salários mínimos mais as custas processuais.

O julgamento ocorreu por toda a sexta-feira. Pela manhã, depuseram o Delegado da Polícia Civil de União da Vitória, Douglas Possebom, as irmãs de Daniel; sendo a Maria Aparecida Dias que é sua cuidadora e Marli Sandra de Fátima Dias; o policial militar que atendeu a ocorrência do acidente; o morador do prédio e dono da loja que foi atingida com o veículo de Daniel após a batida; e o réu Bruno, que foi ouvido por meio de vídeo conferência, já que reside atualmente no estado da Bahia. 

Após os depoimentos, houve uma pausa para o almoço e, ao retornarem, os júris ouviram os advogados de defesa, de acusação e o promotor. A defesa de Bruno, não pedindo a absolvição do mesmo, tentou enquadrar a sua condenação para o artigo 303 do código de trânsito. Ele aplicou a diferença entre o “dolo eventual” e a “culpa consciente”, sendo que no dolo o agente aceita o risco enquanto na culpa ele acredita na sua não ocorrência. Também o advogado colocou a situação de que Daniel não teria parado antes de entrar na preferencial.

O advogado auxiliar de acusação, Fioravante Buch Neto, e o promotor Tibério Quadros foram incisivos em suas exposições discorrendo que o réu apresentou, 0,85 miligramas no teste do bafômetro, quase três vezes mais a quantidade mínima, e que também nunca procurou a família de Daniel para prestar apoio.

Relembre o caso

Por volta das 3 horas da manhã, da madrugada de sexta-feira, dia 11 de setembro de 2015, Daniel Dias retornava de sua casa, na Rua Barão do Rio Branco, onde tinha buscado um pendrive para continuar tocando em uma casa noturna de Porto União, quando ao entrar na Avenida Manoel Ribas, teve seu veículo, um HB20, atingido por um Audi A3 que estava a 135 quilômetros por hora, de acordo com a perícia. Com a batida o carro rodou na pista, atingiu mais dois veículos estacionados, um poste e parou na calçada, por pouco não entrando em uma loja da avenida.

Veículo HB20 que Daniel dirigia. Foto: Plantão Policial

Daniel, com 48 anos em 2015, foi levado ao hospital em estado gravíssimo. Bruno que dirigia o Audi A3, voltava de uma boate com mais um amigo que era proprietário do veículo. Na época ele foi encaminhado à delegacia de polícia, pagou fiança e foi liberado. Daniel precisou ser conduzido a Ponta Grossa, passou por diversas cirurgias e teve grande perda de massa encefálica. Atualmente, com 54 anos, ele mora com sua irmã e apesar das pequenas melhoras, continua em situação de estado vegetativo.

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